Petróleo: o Irã continuará elevando sua produção e exportações até atingir a posição que possuía no mercado antes da imposição de sanções contra o país (Spencer Platt/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2016 às 09h55.
Londres - Os preços do petróleo operam praticamente estáveis nesta segunda-feira, com investidores abandonando algumas apostas mais agressivas em uma alta das cotações e conforme as chances de um acordo entre os maiores exportadores para conter a sobreoferta da commodity parecem desaparecer.
O petróleo Brent subia 0,13 dólar, ou 0,34%, a 38,8 dólares por barril, às 9:20 (horário de Brasília).
O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,22 dólar, ou 0,6%, a 37,01 dólares por barril.
O Irã continuará elevando sua produção e exportações até atingir a posição que possuía no mercado antes da imposição de sanções contra o país, disse o ministro do petróleo, Bijan Zanganeh, segundo a agência de notícias Mehr.
Já a Arábia Saudita, que encabeçou uma proposta inicial em fevereiro para que os produtores contivessem a oferta, disse na última semana que não se juntaria a nenhum esforço nesse sentido a não ser que o Irã estivesse no acordo, enquanto a Rússia apresentou sua maior produção nos últimos anos.
Com isso, surgem dúvidas sobre a capacidade dos maiores exportadores do mundo de chegar a qualquer acordo quando se reunirem neste mês em Doha para discutir o melhor meio de equilibrar oferta e demanda globais.
"Não é muito estranho ver uma onda de realização de lucros e desmontagem de posições compradas, e algumas pessoas estão até mesmo dizendo que poderão se reposicionar para um movimento rumo a preços mais baixos", disse o economista-chefe em energia da ABN, Hans van Cleef.
"Isso é parte de um ciclo normal que penso que pode continuar neste semana, nós podemos ver (preços) de 36 ou 37 dólares... os preços estão caindo pela especulação de que a Arábia não irá entrar (no acordo de congelamento), e isso é provavelmente o que iremos ver nas próximas três semanas, mais especulação e mais intervenção verbal (no mercado)", disse.