Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam a sexta-feira em baixa, pressionados por dados ruins de criação de emprego nos Estados Unidos (payroll), divulgados hoje. A economia dos EUA criou 88 mil empregos em março, segundo o Departamento do Trabalho, número muito abaixo dos 200 mil previstos por economistas. Contudo, a taxa de desemprego caiu de 7,7% para 7,6%, atingindo o menor nível desde dezembro de 2008.

O contrato de petróleo com vencimento para maio caiu US$ 0,56 (0,60%), fechando a US$ 92,70 por barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), encerrando a sessão no menor patamar desde 21 de março. O petróleo do tipo Brent, negociado na plataforma eletrônica ICE, também teve queda de US$ 2,22 (2,08%), encerrando a sessão no menor patamar em oito meses, a US$ 104,12 por barril.

O WTI sofreu uma perda de 4,7%, na primeira queda em cinco semanas. "Esse relatório sobre emprego, cujo crescimento ficou abaixo da metade do esperado, aumenta o cenário negativo", disse Williams.

Devido aos dados de emprego, "o petróleo na casa dos US$ 80,00 é mais provável agora do que era há uma semana", disse James Williams, economista da WTRG Economics, em referência ao preço do contrato negociado na Nymex.

Os preços do petróleo também vêm sendo pressionados desde a publicação do relatório do Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês), que mostrou que os estoques de petróleo aumentaram em 2,7 milhões de barris.

A pressão sobre o Brent, segundo traders, é causada pelo fato de o contrato de petróleo negociado na Europa ter se tornado o principal contrato para grandes fundos e para investidores, o que parece ter influenciado a queda. "Os grandes fundos nos últimos 24 meses adotaram o Brent como opção no mercado de energia como um todo", disse Brison Bickeron, da Freepoint Commodities. As informações são da Dow Jones.