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Petróleo fecha em queda nesta terça-feira

Um dia após atingirem o maior nível em mais de dois anos, os preços do petróleo cederam a um movimento de realização de lucros desde o início da sessão

Petróleo: a Opep divulgou relatório em que aponta para um crescimento médio da demanda global de petróleo (foto/Reuters)

Petróleo: a Opep divulgou relatório em que aponta para um crescimento médio da demanda global de petróleo (foto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 18h39.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, afetados por um movimento de realização de lucros após os preços terem atingido os maiores níveis em mais de dois anos.

Também influenciaram os mercados o relatório anual da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre projeções para a oferta e a demanda da commodity nos próximos anos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,26%, a US$ 57,20 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para janeiro recuou 0,90%, a US$ 63,69.

Um dia após atingirem o maior nível em mais de dois anos, os preços do petróleo cederam a um movimento de realização de lucros desde o início da sessão.

Na segunda-feira, os contratos da commodity subiram fortemente, em meio a relatos sobre a paralisação da produção em dois poços de petróleo da Líbia, a um comentário da Nigéria de que aceita uma extensão no acordo de corte na produção da Opep e, principalmente, ao aumento das tensões políticas na Arábia Saudita.

"Eu estimaria um movimento de consolidação e de realização de lucros", em meio a este último rali, disse Geordie Wilkes, analista da Sucden Financial.

Autoridades sauditas detiveram diversos príncipes, ministros e importantes empresários para lidar com supostas práticas de corrupção.

Os analistas descreveram a varredura como uma "grande sacudida" no establishment do país, enquanto o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman consolida seu poder.

Apesar disso, alguns comentam que o movimento não deve gerar mudança nos esforços do reino para reduzir os suprimentos de petróleo global.

"Apesar da produção de petróleo não ter sido afetada, e sem expectativa de que seja, a Arábia audita tem uma produção de 10 milhões de barris por dia", disse Tamás Varga, analista da PVM Oil Associates.

Também nesta terça-feira, a Opep divulgou relatório em que aponta para um crescimento médio da demanda global de petróleo de 1,2 milhão de barris por dia ao ano entre 2016 e 2022, enquanto a oferta global da commodity subiria 6,6 milhões de barris por dia até 2040, com a oferta do cartel avançando 8,7 milhões de barris por dia no mesmo período.

Já o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA reduziu sua estimativa para a oferta e para a demanda por petróleo no país.

O DoE acredita, agora, que a produção média americana chegue a 9,53 milhões de barris por dia no quarto trimestre, ante uma estimativa de 9,6 milhões de barris por dia no mês passado.

O departamento também prevê que a demanda por petróleo e por outros combustíveis líquidos irá atingir 19,94 milhões de barris por dia no quarto trimestre, enquanto a expectativa anterior era de 20,05 milhões de barris por dia.

Fonte: Dow Jones Newswires

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