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Petróleo fecha em queda à espera de estoques dos EUA

O petróleo para agosto negociado na Nymex caiu US$ 0,14 (0,13%), para US$ 106,03 por barril


	Exploração de petróleo: tensões geopolíticas no Iraque voltaram a impulsionar o Brent
 (Getty Images)

Exploração de petróleo: tensões geopolíticas no Iraque voltaram a impulsionar o Brent (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 17h13.

São Paulo - Os contratos futuros de petróleo fecharam em direções divergentes nesta terça-feira, 24.

Em Nova York, os preços caíram à espera dos dados de estoques nos Estados Unidos que devem ser divulgados entre hoje e amanhã, enquanto em Londres as cotações subiram com temores sobre a crise no Iraque.

O petróleo para agosto negociado na Nymex caiu US$ 0,14 (0,13%), para US$ 106,03 por barril. O contrato do Brent para agosto, por sua vez, teve alta de US$ 0,34 (0,30%), fechando a US$ 114,46 por barril na ICE.

Nos Estados Unidos, operadores aguardavam com expectativa a atualização semanal sobre os estoques de petróleo do American Petroleum Institute (API) e do Departamento de Energia dos EUA (DoE) para avaliar a demanda por energia no país, especialmente agora, no período de férias de verão no Hemisfério Norte, quando as viagens de carro costumam aumentar.

Outro fator que colaborou para a queda dos preços em NY foi o pedido do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao Parlamento do país que revogue a autorização para o uso de forças militares na Ucrânia, um passo importante na direção da redução da crise.

Por outro lado, as tensões geopolíticas no Iraque voltaram a impulsionar o Brent.

Aviões de combate sírios atacaram a província iraquiana de Anbar, matando pelo menos 50 pessoas, enquanto aliados externos do governo xiita e Bagdá tentavam fortalecer as Forças Armadas iraquianas e conter o avanço dos militantes sunitas.

Mais cedo, líderes tribais do Iraque e forças do governo chegaram a um acordo para retirar pacificamente soldados iraquianos da refinaria de petróleo de Beiji, sob controle dos militantes desde o fim de semana.

Ainda assim, a valorização foi limitada pelo fato de que a violência, concentrada no norte, não afetou as exportações iraquianas de petróleo.

Para os analistas do Commerzbank in Frankfurt, se houver uma confirmação de que os extremistas não serão capazes de interromper o fornecimento de petróleo ao exterior, os preços devem recuar.

"A continuidade da incerteza significa, entretanto, que é improvável qualquer forte desvalorização. Nas próximas semanas, esperamos ver o Brent sendo negociado acima de US$ 110 por barril."

O secretário-geral da Organização dos Estados Exportadores de Petróleo (Opep), Abdullah Al-Badry, disse hoje que o Iraque ainda "está produzindo normalmente", com 95% de sua capacidade, no sul do país.

Al-Badry assinalou que os preços não estão subindo por causa da escassez de oferta, mas porque o mercado está "nervoso" e os investidores estão especulando. Com informações da Dow Jones Newswires.

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