Petróleo: estoques nos EUA tiveram alta de 1,367 milhão de barris (Getty Images/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 30 de abril de 2024 às 16h42.
Última atualização em 30 de abril de 2024 às 17h21.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 30, pressionados por perspectivas para a política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem sua decisão marcada para quarta-feira, e sinais de inflação persistentemente alta fortalecem uma visão de que o banco central irá manter juros altos por mais tempo. Um dos efeitos é um dólar mais valorizado, o que pressiona o petróleo, cotado no ativo americano.
As tensões geopolíticas no Oriente Médio são outro tema observado, com a expectativa de um potencial cessar-fogo entre Israel e Hamas limitando os prêmios de risco da commodity.
O WTI para junho fechou em baixa de 0,85% (US$ 0,70), a US$ 81 93 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para julho recuou 1,00% (US$ 0,87), a US$ 86,33 o barril. No mês as cotações recuaram mais de 1%.
Novas esperanças de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas fizeram com que os preços do petróleo caíssem no início da semana, aponta o Commerzbank. Israel está preparando uma delegação que será enviada ao Cairo nos próximos dias para discutir o fim dos combates na Faixa de Gaza, disseram autoridades israelenses e egípcias nesta terça-feira.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça que a ideia de que o país irá "parar a guerra antes de alcançar todos os seus objetivos está fora de questão". O israelense afirmou que o Exército do país entrará em Rafah e eliminará os batalhões do Hamas nesta região ao sul da Faixa de Gaza "com ou sem acordo, a fim de alcançar a vitória total".
Na visão do ANZ, um eventual endurecimento das sanções por parte dos EUA por causa do acirramento de tensões geopolíticas pode ter um impacto limitado, uma vez que o petróleo sancionado é desviado para fluir na Ásia. No geral, "estimamos que 300 mil a 500 mil barris de petróleo possam ser afetados devido a sanções mais duras, afirma".
Na última semana, o preço do petróleo bruto sinalizou uma oferta restrita, como ilustrado pelo aumento do preço do Brent para pouco menos de US$ 90 por barril e um alargamento dos spreads temporais, ou seja, os diferenciais de preços ao longo da curva a prazo, aponta o Commerzbank.
Na sexta-feira, o contrato futuro de Brent com vencimento mais próximo custava US$ 1,3 a mais do que o contrato futuro seguinte o que foi o prêmio mais elevado para o petróleo com entrega a curto prazo desde outubro de 2023, se forem excluídos os dias de vencimento do contrato no final do mês.