Petróleo: Brent para fevereiro caiu 1,06% (Germano Lüders/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 5 de dezembro de 2023 às 17h42.
O petróleo fechou em queda, depois de operar instável durante a sessão. Falas de autoridades no encontro do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) injetaram volatilidade no mercado, que ainda reage com insatisfação à reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 0,98% (US$ 0,72), a US$ 72,32 o barril. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 1,06% (US$ 0,83), a US$ 77 20 o barril.
O CCG afirmou, em comunicado, o seu apoio aos cortes de oferta da Opep+ anunciados na semana passada. O grupo, que inclui, exportadores como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait, disse que busca formular um movimento internacional para interromper a guerra em Gaza.
Assim, o petróleo testou altas durante o dia. Para o analista da Oanda Craig Erlam, o avanço de índices de gerentes de preços (PMIs) de economias avançadas visto hoje foi um fator que pode ter colaborado para a tentativa de recuperação. "A questão agora é se veremos novas mínimos em cinco meses em meio a expectativas de crescimento mais fraco no próximo ano", escreveu Erlam.
Mas os investidores ainda não parecem convencidos de que os cortes da Opep+ serão suficientes para manter o mercado apertado - leitura que vem pressionando a cotação há dias.
"O mercado aparenta estar cada vez mais desconfiado da eficácia dos cortes de produção da Opep+ e cada vez mais preocupado com as perspectivas para a demanda", comentou o Danske Bank em relatório. O banco avalia também que o mercado de petróleo parece ter, no geral, ignorado as tensões entre a Venezuela e Guiana, dois produtores.
CEO do deVere Group, Nigel Green alertou que vê como cada vez mais provável a possibilidade de os preços de petróleo subirem perto do fim do ano e em 2024. Isso porque, na sua visão, os cortes da Opep+ eventualmente terão o efeito de apoiar preços, "especialmente porque não há nenhum sinal óbvio de que os sauditas estejam com pressa para remover as limitações ao petróleo que enviam para o resto do mundo."