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Petróleo fecha em alta, de olho na Opep e vazamento em oleoduto

Um vazamento no oleoduto de Keystone, o dólar mais fraco e o relatório semanal da Baker Hughes colaboraram com os ganhos

Petróleo: na New York Mercantile Exchange, o petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 2,46% (Edgar Su/File Photo/Reuters)

Petróleo: na New York Mercantile Exchange, o petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 2,46% (Edgar Su/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de novembro de 2017 às 18h33.

São Paulo - Os contratos futuros de petróleo dissiparam parte das perdas registradas nesta semana e fecharam em alta nesta sexta-feira, 17, após novos sinais por parte da Arábia Saudita de apoio à extensão no acordo de cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Um vazamento no oleoduto de Keystone, o dólar mais fraco e o relatório semanal da Baker Hughes também colaboraram com os ganhos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 2,46%, a US$ 56,71 por barril.

Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para o mesmo mês avançou 2,22%, a US$ 62,72. Na semana, o WTI perdeu 0,05% e o Brent recuou 1,26%.

Na quinta-feira, o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, reiterou o compromisso do país com o acordo da Opep, dizendo que são necessários novos cortes na produção para que o mercado continue em processo de reequilíbrio. "O ministro apagou as possíveis dúvidas" em relação a uma extensão do pacto, disse o vice-presidente de pesquisa e análise do Mobius Risk Group, John Saucer.

Muitos investidores estão antecipando que a Opep e outros grandes produtores de petróleo anunciarão, na reunião de 30 de novembro em Viena, a decisão de ampliar os cortes na oferta até o fim do próximo ano. Após o encontro do ano passado, a Opep concordou em reduzir sua produção bruta, em um esforço para controlar o excesso de oferta e aumentar os preços, trazendo depois a Rússia e outros países que não integram o cartel. O acordo, que foi prorrogado em maio, deve expirar em março.

A Rússia também indicou disposição para prolongar os cortes e deve participar da reunião da Opep no fim deste mês.

"As próximas duas semanas tendem a ter como único headline a reunião da Opep", afirmou o diretor da divisão de futuros da Mizuho Securities USA, Bob Yawger. Ainda assim, algumas dúvidas perduram sobre o compromisso de alguns produtores com o pacto. O alto nível de posições especulativas no mercado também pode aumentar a pressão sobre a Opep para sair da reunião com uma extensão, disse Yawger.

"Qualquer coisa aquém de uma extensão até o fim de 2018 deve fazer com que os preços do petróleo entrem em um colapso imediato", escreveram estrategistas do Commerzbank em nota a clientes. Nesta semana, preocupações com o aumento da produção de óleo de xisto nos EUA também ressurgiram, levantando questões sobre se os produtores continuarão a inundar o mercado à medida que outros países diminuem a produção.

O mercado também monitorou o relatório semanal da Baker Hughes, divulgado na tarde desta sexta-feira. De acordo com a companhia, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA ficou inalterado em 738 na última semana. O dólar mais fraco também colaborou, visto que os contratos da commodity são cotados na moeda americana e tendem a ser favorecidos quando a divisa dos EUA perde força.

Além disso, o oleoduto de Keystone, na Dakota do Sul, registrou um vazamento de óleo estimado em 210 mil barris nesta sexta-feira. Pouco após a notícia, funcionários da TransCanada encerraram as operações no local.

O oleoduto entrega petróleo do Canadá para refinarias em Illinois e em Oklahoma. A TransCanada disse esperar que o oleoduto permaneça fechado enquanto a empresa responde ao vazamento.

(Com informações da Dow Jones Newswires)

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