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Petróleo fecha em alta, de olho em sinais positivos na demanda

Em seu relatório mensal sobre o mercado, a Agência Internacional de Energia afirmou esperar que a demanda global da commodity aumente 1,5% em 2017

Petróleo: membros da Opep têm considerado impor limites à produção de Nigéria e Líbia (Mike Stone/Reuters)

Petróleo: membros da Opep têm considerado impor limites à produção de Nigéria e Líbia (Mike Stone/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de julho de 2017 às 18h37.

Londres - O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, 13, em reação à expectativa de uma maior demanda global pela commodity.

Os contratos chegaram a operar em território negativo mais cedo, mas voltaram a ganhar força ao longo do dia, para garantir a quarta alta consecutiva.

O petróleo WTI para entrega em agosto fechou em alta de 1,30%, em US$ 46,08 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro avançou 1,42%, a US$ 48,42 o barril, na ICE.

Em seu aguardado relatório mensal sobre o mercado de petróleo, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou esperar que a demanda global aumente 1,5% neste ano, para 98 milhões de barris por dia, impulsionada em parte pelo aumento do consumo na Alemanha e nos Estados Unidos durante o segundo trimestre.

A AIE elevou sua projeção para a demanda em 100 mil barris por dia em 2017, na comparação com a previsão do mês anterior.

Os preços do petróleo inicialmente recuaram após o relatório da AIE, com investidores destacando a crescente produção em junho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que atingiu seu patamar mais alto do ano, em 32,6 milhões de barris por dia.

Mas há sinais de que a demanda, que avança mais rápido que o esperado, possa colaborar para minimizar o excesso de oferta que ocorre há cerca de três anos, disseram analistas. A AIE qualificou a mudança na demanda como uma "aceleração dramática".

O contrato do WTI subiu em 13 das últimas 15 sessões.

"Eu acho que talvez exista um pouco mais de confiança de que o barril ficará na casa dos US$ 40", disse John Saucer, vice-presidente de pesquisa e análise do Mobius Risk Group em Houston.

Os produtores dos EUA precisam do petróleo a US$ 55 o barril para continuar a aumentar a produção e obter lucro, mas eles necessitariam melhorar a eficiência para conseguir isso com US$ 45 o barril, segundo analistas do Goldman Sachs.

Membros da Opep têm considerado impor limites à produção de Nigéria e Líbia, que foram excluídas do acordo para reduzir a oferta e apoiar os preços liderado pelo cartel.

Sem algum freio para esses dois países, os preços têm pouca chance de voltar à casa dos US$ 50 o barril no curto prazo, segundo Stuart Ive, da OM Financial.

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