Petróleo: o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 3,08% (John Moore/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de setembro de 2017 às 16h40.
Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta nesta segunda-feira, 25, impulsionados pela possibilidade de extensão do acordo de corte na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pelo plebiscito de independência do Curdistão, após ameaças do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ao setor de petróleo da região.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 3,08%, a US$ 52,22 por barril.
Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo Brent para dezembro, que passou a ser o contrato mais líquido, avançou 3,56%, a US$ 58,43.
"Os preços do petróleo têm aumentado nas últimas semanas devido, antes de mais nada, à evidência de que a Opep e os esforços da Rússia para reduzir o excesso de oferta global estavam mostrando resultados positivos e que o grupo estava surpreendentemente aderido ao acordo", disse o analista da Forex Fawad Razaqzada.
"Falar que os cortes de produção poderiam ser estendidos tem proporcionado uma maior confiança aos investidores de que o movimento poderia ser sustentado", afirmou.
Em novembro, a Opep e outros dez grandes produtores de fora do cartel irão se reunir novamente, podendo estender os cortes "ou mesmo aprofundá-los", comentou o economista de commodities da Capital Economics, Thomas Pugh.
Desde o começo do ano, o grupo vem procurando reduzir a produção combinada em 1,8 milhão de barris por dia, como parte de uma estratégia para aliviar o excesso de oferta global da commodity. Em maio, o acordo foi prorrogado até março de 2018.
Além da Opep, o plebiscito sobre a independência do Curdistão iraquiano também esteve no radar dos investidores.
O presidente turco ameaçou fechar o gasoduto Curdistão-Turquia, que é administrado por Ancara. "Nós temos a torneira", comentou Erdogan.
A ameaça poderia afetar a economia da nação, caso ela opte por se tornar independente, já que o petróleo representa cerca de 80% da receita da região, que exporta mais de 400 mil barris de óleo cru por dia - aproximadamente o mesmo que outros países como Catar e Equador.
Fonte: Dow Jones Newswires.