A descoberta reativa as esperanças de um novo "Eldorado" neste território vizinho do Brasil (Alfredo Estrella/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2012 às 17h36.
Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na bolsa mercantil de Nova York (Nymex) fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionados pela queda do dólar frente ao euro e pela tensão na Síria.
O contrato do petróleo bruto para setembro ganhou US$ 0,80 (0,87%) e fechou a US$ 92,20 por barril, no maior nível desde 19 de julho. Na plataforma eletrônica ICE, o contrato do Brent para setembro avançou US$ 0,61 (0,56%), fechando a 109,55 o barril.
Sem a divulgação de dados econômicos ou anúncios de bancos centrais, o volume negociado foi "surpreendentemente baixo", disse Peter Donovan, vice-presidente da Vantage Trading. O volume total foi pouco superou à metade da média dos últimos 12 meses.
Os preços do petróleo acompanharam o euro quando a moeda comum europeia subiu ante o dólar na manhã desta segunda-feira. A commodity denominada em dólar se beneficia quando a moeda americana está mais fraca porque torna o produto mais barato a traders que pagam com outras divisas.
Ainda assim, a negociação dos contratos ficou limitada a uma estreita faixa durante o dia, e não passou do valor de US$ 92,66 por barril observado em 19 de julho. "Não acho que vamos ver uma alteração dramática, a menos que a commodity ultrapasse o nível de US$ 92,50", disse Tariq Zahir, membro gestor da Tyche Capital Advisors.
Os contratos futuros de petróleo saltaram quase US$ 0,60 pela manhã em Nova York após um rumor de que o presidente da Síria, Bashar Assad, havia sido morto. O rumor teve início por meio de uma conta no Twitter atribuída ao ministro do interior russo, porém o ministério negou ter emitido qualquer declaração sobre Assad, segundo a agência Reuters.
O evento demonstrou como o mercado de petróleo permanece respondendo a notícias de agitações no Oriente Médio. Embora a Síria seja um pequeno produtor da commodity, sinais de tumultos na região seguem espalhando temores de que a produção global de petróleo pode ser afetada. As informações são da Dow Jones.