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Petróleo fecha em alta com reunião da Opep no radar

Em uma reunião de monitoramento da Opep e de outros grandes produtores, a Arábia Saudita informou que cortou sua produção bem acima do requerido

Petróleo: alguns analistas e investidores acharam que a reunião apenas produziu mais promessas (Thinkstock/Thinkstock)

Petróleo: alguns analistas e investidores acharam que a reunião apenas produziu mais promessas (Thinkstock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de julho de 2017 às 16h57.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 24, reagindo positivamente ao anúncio da Arábia Saudita de que reduziria suas exportações de petróleo, além da adesão da Nigéria em limitar sua produção.

Um relatório da consultoria Genscape também ajudou os preços a se sustentarem em um nível mais alto durante a tarde.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,25%, a US$ 46,34 por barril. Já na IntercontinentalExchange (ICE), o petróleo tipo Brent para o mesmo mês avançou 1,12%, a US$ 48,60 por barril.

Em uma reunião de monitoramento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outros grandes produtores, realizada em São Petersburgo, na Rússia, a Arábia Saudita informou que cortou sua produção de petróleo "bem acima do requerido" no acordo do cartel.

O ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, comentou que o país limitaria suas exportações em 6,6 milhões de barris por dia e que gostaria que outras nações da Opep seguissem o exemplo.

"O mercado deveria gostar. Obteve o reforço dos sauditas, que desejam continuar a impulsionar esse pacto", disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch & Associates.

"Enquanto eles continuarem a liderar, a maioria dos outros membros os seguirá."

Além disso, a Nigéria, membro da Opep isento do acordo, comprometeu-se a limitar a produção em 1,8 milhão de barris por dia.

No entanto, alguns analistas e investidores foram céticos, dizendo que a reunião apenas produziu mais promessas e não ações concretas.

Alguns países, como o Iraque e os Emirados Árabes Unidos, produziram mais do que os limites acordados.

E a Nigéria ainda tem espaço para aumentar sua produção antes que ela atinja o limite.

"A Líbia e a Nigéria, cujos níveis de produção já compensaram a metade dos cortes acordados pela Opep, planejam, por exemplo, expandir ainda mais sua produção antes de entrarem no acordo. Isso torna cada vez mais esse pacto uma farsa", comentaram analistas do Commerzbank, em relatório a clientes.

No fim da manhã destas segunda, a consultoria Genscape divulgou relatório afirmando que os estoques da commodity em Cushing (EUA) recuaram para 58,7 milhões de barris na sexta-feira, representando uma queda de 1,2 milhão de barris na comparação com a terça-feira anterior.

O nível está bem abaixo do registrado em abril, de cerca de 70 milhões de barris.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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