Petróleo: analistas relataram que outro fator de sustentação foi a instabilidade no Iraque (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2014 às 16h47.
São Paulo - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 11.
Uma queda maior do que a prevista nos estoques de petróleo nos Estados Unidos ofereceu suporte às cotações, mas o ajuste para baixo na projeção de crescimento global do Banco Mundial limitou os ganhos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para julho fechou em alta de US$ 0,05 (0,05%), a US$ 104,40 por barril.
Na IntercontinentalExchange (ICE), em Londres, o petróleo Brent para julho avançou US$ 0,43 (0,39%), para US$ 109,95 por barril.
Segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano, os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram queda de 2,596 milhões de barris na semana encerrada em 6 de junho, para 386,927 milhões de barris.
Analistas previam queda de 1,7 milhão de barris.
Os estoques em Cushing - ponto de entrega física dos contratos negociados na Nymex - continuaram em trajetória de queda.
Eles diminuíram 198 mil barris na semana passada, para 21,172 milhões de barris, o que também contribuiu para a valorização da commodity.
Analistas relataram que outro fator de sustentação foi a instabilidade no Iraque.
"Com a tensão geopolítica aumentando mais uma vez, os preços do petróleo também subiram", disse Matt Smith, analista da Schneider Electric, em comunicado.
Entretanto, a redução feita ontem pelo Banco Mundial em suas projeções para o crescimento da economia mundial e dos países em desenvolvimento este ano contrabalançou o otimismo com estoques menores.
A previsão é de que o mundo cresça 2,8% este ano, abaixo dos 3,2% estimados em janeiro, quando a instituição divulgou o relatório anterior de perspectivas.
Enquanto isso, a reunião de hoje da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não trouxe nada surpreendente para o mercado.
Os delegados decidiram em Viena manter o teto de produção em 30 milhões de barris por dia, como já era esperado.
Amanhã, a organização divulga o seu relatório de junho sobre o mercado de petróleo, o que pode dar algum direcionamento aos preços.
Com informações da Dow Jones Newswires.