Nova York - Os futuros do petróleo fecharam em queda após o mercado ter fracassado, pelo terceiro dia seguido, em sustentar um rali acima da importante barreira psicológica de US$ 80 o barril. O petróleo leve, em contrato com vencimento em abril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), fechou em queda de US$ 0,96 (1,21%) a US$ 78,70 o barril, após várias tentativas sem sucesso de romper a máxima de US$ 80,62 alcançada no pregão eletrônico, maior nível desde 12 de janeiro. A mínima foi de US$ 78,06. O contrato para abril do petróleo Brent no mercado eletrônico ICE fechou em queda de US$ 0,70 (0,99%) a US$ 76,89 o barril. A máxima foi de US$ 78,47 e a mínima foi de US$ 76,21.

Operadores disseram que o mercado terá o foco nos próximos dados de estoques do petróleo nos EUA, que deverão dar a direção de curto prazo. O Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês) deverá divulgar na tarde da terça-feira os dados de estoques referentes à semana finalizada em 26 de fevereiro, enquanto os dados mais amplamente monitorados do Departamento de Energia (DOE) do governo dos EUA deverão ser divulgados na manhã da quarta-feira.

Antes do encontro de 17 de março sobre a política para a produção da commodity, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continua a bombear mais petróleo e mostra pouca obediência às restrições ao volume produzido. A produção dos 11 membros da Opep subiu 110 mil barris por dia em fevereiro, para 26,89 milhões de barris diários, mostrou uma pesquisa da Dow Jones.

Isso coloca o respeito da Opep aos cortes planejados no final de 2008 em apenas 51%, abaixo dos 54% de janeiro e 82% de março de 2009. Os preços do petróleo têm se mantido em média perto de US$ 77,50 o barril, dentro da zona de conforto da Opep, desde que o grupo concordou em dezembro a manter em vigor as restrições formais à produção. Os integrantes não deram sinais de que planejam mudar a política nas próximas conversações em Viena. As informações são da Dow Jones.