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Petróleo sobe mais de 5% com escalada das sanções de Trump à Rússia

A escalada de preços foi impulsionada pela decisão do presidente Donald Trump de impor sanções severas às petrolíferas russas Rosneft e Lukoil

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 16h29.

Última atualização em 23 de outubro de 2025 às 18h14.

Os preços do petróleos fecharam em forte queda nesta quinta-feira, 23, após os Estados Unidos anunciarem sanções contra as duas maiores petrolíferas da Rússia, a Rosneft e a Lukoil, como forma de pressionar Moscou a encerrar a guerra contra a Ucrânia.

O petróleo tipo Brent subiu 5,35%, enquanto o WTI registrou alta de 5,34%, cotado a US$ 65,93 por barril. O Brent fechou a US$ 61,76, ambos em níveis próximos das máximas das últimas duas semanas.

A escalada de preços foi impulsionada pela decisão do presidente Donald Trump de impor sanções severas às petrolíferas russas, medida anunciada após o colapso das negociações para um novo encontro com Vladimir Putin.

Trump declarou que, apesar dos esforços diplomáticos, "as conversas com Vladimir não levam a lugar algum". Ainda assim, afirmou esperar que as sanções sejam temporárias, caso a Rússia aceite encerrar o conflito.

Além das restrições impostas por Washington, a União Europeia também adotou uma nova rodada de sanções, aumentando a pressão internacional sobre Moscou.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, refinarias indianas devem praticamente zerar suas compras de petróleo russo, o que reforça o impacto global das novas medidas. Trump mencionou um possível acordo com a Índia para reduzir as importações da commodity russa, mas Nova Délhi ainda não confirmou mudanças oficiais.

Putin, por sua vez, afirmou que as medidas não afetarão a economia da Rússia e alertou que uma queda acentuada na quantidade de petróleo russo no mercado levará a alta dos preços.

Mercados atentos a tensões com a China

Enquanto o mercado de petróleo reagia às tensões com a Rússia, as bolsas asiáticas mostravam recuperação diante da retomada do diálogo comercial entre Estados Unidos e China.

Mesmo com a ameaça de tarifas adicionais de até 100%, o mercado mantém a expectativa de que Trump e o presidente Xi Jinping se encontrem na próxima semana, durante a cúpula da APEC, na Coreia do Sul.

Na Ásia, Hong Kong avançou 1%, enquanto Xangai subiu 0,2%. Tóquio caiu 1,4%, refletindo incertezas geopolíticas.

O ouro, tradicional ativo de proteção, subia 2,22% cotado a cerca de US$ 4,155,50, recuperando parte das perdas dos dias anteriores.

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