Repórter
Publicado em 23 de outubro de 2025 às 06h04.
Última atualização em 23 de outubro de 2025 às 06h51.
O petróleo disparava na manhã desta quinta-feira, 23, após os Estados Unidos anunciarem sanções contra as duas maiores petrolíferas da Rússia, a Rosneft e a Lukoil, como forma de pressionar Moscou a encerrar a guerra contra a Ucrânia.
Às 6h47, no horário de Brasília, o petróleo tipo Brent subia 5,34%, enquanto o WTI avançava 5,56%, cotado a US$ 61,75 por barril. O Brent era negociado a US$ 65,93, ambos em níveis próximos das máximas das últimas duas semanas.
A escalada de preços foi impulsionada pela decisão do presidente Donald Trump de impor sanções severas às petrolíferas russas, medida anunciada após o colapso das negociações para um novo encontro com Vladimir Putin.
Trump declarou que, apesar dos esforços diplomáticos, "as conversas com Vladimir não levam a lugar algum". Ainda assim, afirmou esperar que as sanções sejam temporárias, caso a Rússia aceite encerrar o conflito.
Além das restrições impostas por Washington, a União Europeia também adotou uma nova rodada de sanções, aumentando a pressão internacional sobre Moscou.
Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, refinarias indianas devem praticamente zerar suas compras de petróleo russo, o que reforça o impacto global das novas medidas. Trump mencionou um possível acordo com a Índia para reduzir as importações da commodity russa, mas Nova Délhi ainda não confirmou mudanças oficiais.
Enquanto o mercado de petróleo reagia às tensões com a Rússia, as bolsas asiáticas mostravam recuperação diante da retomada do diálogo comercial entre Estados Unidos e China.
Mesmo com a ameaça de tarifas adicionais de até 100%, o mercado mantém a expectativa de que Trump e o presidente Xi Jinping se encontrem na próxima semana, durante a cúpula da APEC, na Coreia do Sul.
As principais bolsas europeias abriram em alta: Londres subia 0,3% e Frankfurt e Paris também operavam no azul. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou a última sessão com queda de 0,7%, aos 45.590,41 pontos.
Na Ásia, Hong Kong avançou 1%, enquanto Xangai subiu 0,2%. Tóquio caiu 1,4%, refletindo incertezas geopolíticas.
O ouro, tradicional ativo de proteção, subia quase 2%, cotado a cerca de US$ 4.110, recuperando parte das perdas dos dias anteriores.
No câmbio, o dólar subia frente ao iene, cotado a 152,58, enquanto o euro recuava frente à libra esterlina, negociado a 86,55 pence.