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Petróleo cai e renova mínima em 3 meses por estoques

O contrato de petróleo mais negociado, com entrega para novembro, perdeu US$ 1,62 (1,58%), fechando a US$ 100,67 o barril, o menor nível desde 2 de julho


	Plataforma de petróleo: com a retração, o petróleo renovou a mínima em mais de três meses
 (Getty Images)

Plataforma de petróleo: com a retração, o petróleo renovou a mínima em mais de três meses (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 17h19.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em forte queda nesta quinta-feira, 17, pressionados por um aumento nos estoques da commodity nos Estados Unidos e o avanço nas negociações entre o Irã e o Ocidente, que tira um risco geopolítico do radar.

Com a retração, o petróleo renovou a mínima em mais de três meses.

O contrato de petróleo mais negociado, com entrega para novembro, perdeu US$ 1,62 (1,58%), fechando a US$ 100,67 o barril, o menor nível desde 2 de julho. Na plataforma eletrônica ICE, o barril de petróleo do tipo Brent para dezembro recuou US$ 1,48 (1,34%), para US$ 109,11.

Na noite passada, o Congresso norte-americano aprovou, com margens confortáveis, um projeto para financiar o governo até 15 de janeiro e suspender o teto da dívida até 7 de fevereiro do próximo ano. A proposta seguiu para sanção do presidente Barack Obama no início da madrugada, o que permitiu o retorno dos servidores públicos ao trabalho nesta quinta-feira.

Mesmo assim, o alívio não chegou ao mercado de petróleo. No fim da tarde de quarta, 16, o American Petroleum Institute (API) informou que os estoques de petróleo bruto nos EUA subiram 5,94 milhões de barris na semana encerrada em 11 de outubro. Analistas esperavam um aumento bem menor, de 2,25 milhões de barris.

Sem o relatório semanal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), em função da paralisação do governo, os investidores ficam dependentes das leituras de institutos privados.

Dos indicadores divulgados mais cedo, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 15 mil, para 358 mil, na semana até 12 de outubro. O resultado ficou bem acima da previsão dos analistas, de 330 mil solicitações.

Um funcionário do Departamento do Trabalho afirmou que aparentemente a Califórnia ainda não atualizou todos os dados. Com relação ao impasse fiscal nos EUA, um total de 70.068 funcionários públicos que foram dispensados em meio à paralisação do governo pediram auxílio-desemprego na semana anterior, encerrada em 5 de outubro.

Já o índice de atividade industrial regional do Meio Atlântico, medido pelo Federal Reserve da Filadélfia, caiu para 19,8 em outubro, de 22,3 em setembro. A previsão dos analistas era de queda maior, para 15,0. Leituras acima de zero indicam expansão da atividade.

No cenário geopolítico, o Irã aceitou que inspeções surpresas sejam feitas em suas usinas nucleares em troca da suspensão das sanções econômicas ao país. A oferta foi bem recebida pelas potências reunidas em Genebra para uma negociação que a Casa Branca qualificou como "a mais séria e franca" já realizada com Teerã sobre seu programa atômico. As partes voltarão a se encontrar nos dias 7 e 8 de novembro.

"A queda do petróleo nesta quinta-feira foi motivada pelo aumento nos estoques, as incertezas sobre o governo dos EUA e a recuperação do país, e a possibilidade de que o Irã possa fechar um acordo sobre seu programa nuclear", afirmou James Williams, analista de energia da WTRG Economics.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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