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Petróleo cai abaixo de US$ 80 com cautela antes do Fed

Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo caíram para a mínima em quase duas semanas hoje, com os operadores cautelosos antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) amanhã. As preocupações sobre possíveis mudanças na política monetária na China e com as emissões de dívidas soberanas em […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo caíram para a mínima em quase duas semanas hoje, com os operadores cautelosos antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) amanhã. As preocupações sobre possíveis mudanças na política monetária na China e com as emissões de dívidas soberanas em curso na zona do euro também alimentaram o nervosismo do mercado, provocando um rali do dólar, uma vez que os investidores procuraram por apostas mais seguras e deixaram os ativos mais arriscados, como o petróleo.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato do petróleo leve com vencimento em abril fechou em queda de US$ 1,44, ou 1,77%, a US$ 79,80 o barril. No mercado eletrônico ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para abril recuou US$ 1,50, ou 1,9%, em US$ 77,89 o barril.

O Fed se reúne amanhã para discutir a política da taxas de juros. Os operadores vão acompanhar de perto a decisão para tentar encontrar pistas sobre se a autoridade monetária pretende elevar as taxas de juros, o que poderia fortalecer o dólar. Quando o dólar sobe, os preços do petróleo recuam, uma vez que a commodity denominada na moeda americana se torna mais cara para os detentores de outras moedas. A alta do dólar e o desempenho mais fraco das bolsas estavam também contribuindo para que o petróleo operasse em baixa, afirmou Tim Evans, analista do Citi Futures Perspective, em Nova York.

A moeda americana registrou forte avanço ante o euro, em consequência do alerta feito pela agência de classificação de risco Moody's sobre o rating de crédito dos países classificados como AAA - EUA, Reino Unido, França e Alemanha, e de uma recepção desigual ao potencial pacote de ajuda da zona do euro para a Grécia.

As palavras fortes do primeiro-ministro chinês, Wen Jianbao, sobre a política cambial da China, sugerindo que os esforços dos EUA para impulsionar suas exportações com o enfraquecimento do dólar equivalia a "uma espécie de protecionismo comercial", também afetaram os mercados.

Tendo em vista que os EUA são o maior consumidor de petróleo do mundo e a China é o principal condutor do crescimento da demanda pela commodity, as preocupações econômicas relacionadas a esses dois países podem fomentar temores de que seus apetites pelo combustível podem ser limitados. A China pode também estar considerando mais medidas de aperto ao crédito por causa do aumento da inflação a fim de evitar um superaquecimento da economia.

O primeiro encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em três meses também está na agenda desta semana, mas os participantes do mercado de petróleo não estão antecipando nenhuma surpresa. As metas formais de produção devem permanecer inalteradas, com o cartel aparentemente satisfeito com um preço do petróleo em torno de US$ 80 o barril. As informações são da Dow Jones.

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