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Petróleo Brent supera US$103 por temor de contágio do Egito

O Brent para entrega em março subiu 1,03 dólar para 103,37 dólares o barril, o nível mais elevado desde 26 de setembro de 2008

 A crise no Egito levantou a possibilidade de interrupção no abastecimento de petróleo enviado através do país (Dynamosquito/Wikimedia Commons)

A crise no Egito levantou a possibilidade de interrupção no abastecimento de petróleo enviado através do país (Dynamosquito/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 11h40.

Londres - O petróleo Brent superou os 103 dólares por barril nessa quinta-feira devido ao temor de que os violentos enfrentamentos no Egito interrompam o abastecimento e que surjam mais distúrbios no Oriente Médio, o que deixou em segundo plano a alta dos estoques dos Estados Unidos.

A crise no Egito levantou a possibilidade de interrupção no abastecimento de petróleo enviado através do Egito e elevou a instabilidade no Oriente Médio e Norte da África, que juntos produzem mais de um terço do petróleo do mundo.

O Brent para entrega em março subiu 1,03 dólar para 103,37 dólares o barril, o nível mais elevado desde 26 de setembro de 2008. O petróleo dos EUA para entrega em março subiu 1,03 dólar para 91,89 dólares .

 "Todo mundo está olhando para o Egito. Estamos também pensando em Iêmen (...) Principalmente é o medo do contágio a outros países", disse Christophe Barret, analista de petróleo do Credit Agricole, em Londres.

"Eu acho que os preços acima de US$100 para o Brent simplesmente não são sustentáveis, é algo que tem grande impacto sobre a economia, um forte impacto sobre a demanda", acrescentou.

Na quinta-feira, partidários do presidente egípcio, Hosni Mubarak, abriram fogo contra manifestantes no Cairo, matando pelo menos cinco pessoas em uma nova escalada de violência sem precedentes em seus 30 anos.

No Iêmen, mais de 20 mil pessoas encheram as ruas de Sanaa, na quinta-feira, em uma demonstração de um "dia de fúria", exigindo uma mudança de governo e dizendo que a oferta do presidente Ali Abdullah Saleh para sair em 2013 não foi suficiente.

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