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Petróleo avança com ataques a refinarias russas e pressão de Trump por sanções energéticas

Ataque ucraniano com 361 drones mira infraestrutura petrolífera; Trump condiciona novas sanções à adesão da Otan

Publicado em 15 de setembro de 2025 às 08h02.

Última atualização em 15 de setembro de 2025 às 08h03.

Os preços do petróleo sobem nesta segunda-feira, 15, impulsionados por novos ataques ucranianos a refinarias na Rússia e pela sinalização do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre possíveis sanções energéticas adicionais contra Moscou.

De acordo com autoridades russas, a Ucrânia lançou 361 drones em uma ofensiva noturna, atingindo a refinaria de Kirishi, no noroeste da Rússia, onde um incêndio de curta duração foi registrado.

A unidade tem capacidade para processar cerca de 355 mil barris por dia, o equivalente a 6,4% da produção nacional. Outro alvo foi o terminal de exportação de Primorsk, com capacidade de embarque de até 1 milhão de barris diários.

Analistas do JPMorgan afirmam que a operação "indica uma disposição crescente de interferir nos mercados internacionais de petróleo", o que pode gerar pressão adicional de alta nos preços da commodity, segundo a Reuters.

O WTI para outubro subia 0,14%, cotado a US$ 62,78, enquanto o Brent para novembro avançava na mesma proporção, a US$ 67,02 por barril, às 7h58, no horário de Brasília.

Trump pede fim da compra de petróleo russo

Trump afirmou neste fim de semana que os Estados Unidos estão prontos para impor novas sanções energéticas contra a Rússia, mas somente se todos os países da Otan concordarem com medidas semelhantes — incluindo o bloqueio total à importação de petróleo russo.

A declaração foi publicada em seu perfil na rede social Truth Social. "Estou pronto para aplicar sanções significativas contra a Rússia quando todos os países da Otan concordarem, e começarem, a fazer o mesmo, e quando pararem de comprar petróleo da Rússia", escreveu o republicano.

Trump também defendeu que os membros da aliança transatlântica aumentem de 50% para 100% as tarifas sobre a China, como forma de pressionar por um desfecho para a guerra na Ucrânia.

Apesar de ameaçar reiteradamente novas medidas contra Moscou, Trump ainda não colocou nenhuma dessas sanções em prática, o que tem gerado frustração entre autoridades ucranianas.

Em agosto, o ex-presidente se reuniu com Vladimir Putin no Alasca. Após o encontro, classificou como "impactante" o fato de países da Otan continuarem comprando petróleo russo, o que, segundo ele, enfraquece a posição de negociação da aliança frente ao Kremlin.

"De qualquer forma, estou pronto quando vocês estiverem. Apenas me digam quando", concluiu.

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