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Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2011 às 18h02.
São Paulo – Um novo relatório sobre os recursos da Chariot, empresa de exploração e produção de petróleo na costa da Namíbia, pode ajudar na reavaliação dos ativos da brasileira HRT (HRTP3) no país africano. A ação da Chariot avançou 20% nesta semana em Londres.
A consultoria independente Netherland Sewell & Associates (NSAI) identificou um potencial de barris riscados de petróleo de 2,2 bilhões, sendo 1,5 bilhão líquido para a Chariot. O volume bruto não-riscado ficou em 14,4 bilhões de barris.
Em relatório publicado hoje, os analistas Felipe Mattar, Sérgio Conti e Bruno Pascon, do Barclays Capital, avaliam que a notícia pode ser benéfica para a HRT. Para eles, as ações da Chariot estavam em alta em um movimento que antecipou em parte o noticiário de hoje.
Os analistas chamam atenção para a expectativa de valor monetário traçada pela NSAI, que chega a 12 dólares por barril líquido riscado, valor superior aos 9,27 dólares estimados anteriormente.
“Tal valuation se compara ao 1,4 dólar por barril que está inserido em nosso preço-alvo de 2.900 reais para cada ação da HRT e o 0,45 dólar implícito no atual preço da Chariot na bolsa”, destacam.
Mais importante ainda, ressaltam os analistas, é a decisão da Chariot em explorar os recursos na região, o que implicaria na venda de uma participação (farm-out) dos blocos que possui. As negociações podem levar a uma reavaliação dos ativos na região, ressaltam. A expectativa é de que isso possa ocorrer em dezembro de 2011.
Potencial
Em relatório recente, o Credit Suisse afirmou que a contabilização total dos projetos de petróleo da HRT na Namíbia pode elevar o preço-alvo das ações para 11.210 reais.
“Acreditamos que o mercado não está atualmente precificando o potencial completo por conta das contingências relacionadas à exploração no Solimões e na Namíbia, mas isso pode mudar com a quebra de novas fronteiras e com a administração executando os planos prometidos”, explicaram os analistas Emerson Leite e Vinicius Canheu.
A HRT adquiriu a canadense UNX em fevereiro deste ano por 1,3 bilhão de reais e com isso ampliou o portfólio na costa da Namíbia em direitos de exploração em área de 51 mil quilômetros, onde acredita que existe potencial para formações similares às do pré-sal do Brasil.