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Petrobras de volta aos fundamentos com 'raro' momento de entrada

Maior visibilidade na capitalização devolve às ações parte do brilho ofuscado pelas incertezas do processo

Anúncio da capitalização da Petrobras foi feito ontem, em Brasília (.)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2010 às 18h38.

São Paulo - O horizonte nublado da capitalização da Petrobras (PETR3); (PETR4), que tinha minado as relações das ações da estatal com os fundamentos e perspectivas da companhia, dissipou-se em parte nesta semana com o anúncio do preço do barril de petróleo a ser utilizado e abriu o caminho para análises mais consistentes do mercado. O valor médio do barril de petróleo dos campos a serem concedidos foi definido em US$ 8,51.

"Acho que está um pouco alto, mas a pressão nas ações deve começar a reduzir e espero que possamos voltar aos fundamentos no próximo mês", afirma Nick Robinson, gestor para a América Latina da Aberdeen Asset Management e segundo maior acionista privado da estatal. A Petrobras deve protocolar amanhã o pedido de análise da oferta de ações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A meta do governo é a de encerrar todo o processo até o dia 30 de setembro.

“Esperamos que sua performance daqui para a frente reflita cada vez menos os ruídos do processo de capitalização e mais o forte momentum de crescimento das operações e resultados, bem como o desconto dos múltiplos em relação às pares, oferecendo raro ponto de entrada, a uma melhor relação de risco versus retorno", explica Max Bueno, analista da Spinelli Corretora. "A conclusão deste processo retirará enorme pressão sobre as ações, permitindo melhores avaliações sobre seu desempenho", afirma em relatório.

"A oferta da Petrobras deverá ocorrer dentro do prazo estimado pela estatal, reduzindo o risco de alavancagem líquida de curto prazo da empresa", diz Andrés Kiruchi, analista da Link Investimento, em nota. Ele lembra, contudo, que apesar do efeito positivo, o sucesso da operação ainda depende do esclarecimento de algumas dúvidas. A estatal ainda não divulgou o laudo técnico da agência DeGolyer and MacNaughton contratado pela Petrobras para avaliar as áreas concedidas. Em comunicado, a empresa disse que divulgará as informações "em breve".

 

 

 

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