A Petrobras realizou sua capitalização em setembro (Germano Luders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2010 às 13h59.
São Paulo - A Petróleo Brasileiro SA caminha para o fechamento no nível mais alto em um mês após o Banco BTG Pactual SA recomendar a compra de suas ações, dizendo que o “ciclo vicioso” iniciado após a capitalização da Petrobras foi injustificado.
A ação preferencial da Petrobras, sediada no Rio de Janeiro, atingiu R$ 26,96 na máxima de hoje, com alta de 1,77 por cento. Às 13h57, estava cotada a R$ 26,67, subindo 0,68 por cento.
A companhia estatal sofreu muito, dado seu potencial de exploração, escreveram Gustavo Gattass e Rafael Fonseca, analistas do BTG, em uma nota enviada a clientes com data de hoje. O BTG voltou a acompanhar a Petrobras, mantendo sua recomendação anterior de “compra”, segundo a nota.
“A Petrobras não tem agradado os investidores, mas vemos um potencial de alta relevante por seus ativos principais”, escreveram os analistas. “Muitos investidores simplesmente pediram muito mais ações do que efetivamente queriam ou poderiam comprar na oferta, acreditando que a demanda real de outros investidores poderia fazer com que a ação tivesse bom desempenho após o fim da oferta.”
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis disse na semana passada que o campo Libra, na região da camada pré-sal, pode ter reservas de até 15 bilhões de barris de petróleo, o que faria do campo a maior descoberta nas Américas em mais de três décadas. Pela legislação proposta para o pré-sal, a Petrobras operará todas as novas concessões na região.
“Se a Petrobras tentar realizar outro desses aumentos de capital, acreditamos que ela perderá a confiança dos investidores para sempre”, escreveram os analistas. “Mas, com vistas no desempenho da ação, isso parece menos provável.”