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Petrobras segura Ibovespa no negativo

A Bolsa encerrou a sessão desta segunda-feira em queda de 0,17%, aos 57.176,58 pontos


	Sede da BM&FBovespa, em São Paulo: no mês de outubro, a Bovespa acumula perda de 3,38%
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Sede da BM&FBovespa, em São Paulo: no mês de outubro, a Bovespa acumula perda de 3,38% (Gustavo Kahil/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 17h00.

São Paulo - A semana começou ruim para a Bovespa, que operou durante toda segunda-feira em queda sem o referencial de Nova York, por conta da passagem do furacão Sandy pela Costa Leste dos Estados Unidos. Com os pregões físicos cancelados na Nasdaq, na New York Stock Exchange (Nyse) e na New York Mercantile Exchange (Nymex), o volume de negócios por aqui foi reduzido e a aversão ao risco aumentou. Internamente, a Petrobras viu seus papéis caírem mais de 3% após a divulgação, na noite de sexta-feira, de um resultado trimestral aquém do esperado pelo mercado, mais uma vez.

A Bolsa encerrou a sessão desta segunda-feira em queda de 0,17%, aos 57.176,58 pontos. Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre 56.581 pontos (-1,22%), na mínima, e 57.267 pontos (-0,02%), na máxima. No mês de outubro, a Bovespa acumula perda de 3,38%, e, no ano, tem valorização de apenas 0,74%. O volume financeiro somou R$ 3,995 bilhões, o menor giro desde 3 de setembro (R$ 3,832 bilhões).

"O furacão Sandy nos Estados Unidos atrapalha bastante a análise sobre o pregão de hoje, já que os volumes são prejudicados e fica difícil observar as relações de causa e efeito", ponderou o analista da Empiricus Research Rodolfo Amstalden. "Considerando o humor do mercado, hoje e amanhã não são bons dias para tomar decisões."


Principais responsáveis por segurar o Ibovespa no campo negativo, os papéis ON e PN da Petrobras encerraram em queda de 3,45% e 3,39%, respectivamente. A forte perda, vista desde a abertura dos negócios, reflete o fraco resultado da companhia no terceiro trimestre, pressionado pela alta dos custos, principalmente no refino e extração, o que acabou compensando o aumento nos preços dos combustíveis no trimestre. Além disso, a produção total de óleo e gás natural da estatal somou 2,523 milhões de barris diários no período, o que representa uma retração de 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A companhia anunciou na sexta-feira à noite lucro líquido de R$ 5,567 bilhões, 12,1% menor do que o apurado no terceiro trimestre do ano passado. Apesar de ser um resultado bem melhor do que o prejuízo de R$ 1,346 bilhão registrado no segundo trimestre, o desempenho ficou 31% abaixo da média das previsões dos analistas ouvidos pela Agência Estado, de R$ 8,07 bilhões.

Já a Vale encerrou o pregão em alta, com seus papéis ON subindo 0,65% e, os PNA, +0,39%.

Os destaques de queda do Ibovespa foram liderados por LLX ON, com retração de 6,50%, seguido por Braskem PNA (-4,10%), Petrobras ON e PN, e Eletrobras ON (-3,13%). Na contramão, os principais ganhos foram OGX ON, com valorização de 2,67%, Hypermarcas ON (+2,31%), Gerdau Metalúrgica PN (+2,61%), Usiminas PNA (+2,06%) e Souza Cruz ON (+1,95%).

Esta segunda-feira foi a primeira vez que as Bolsas de Nova York tiveram um fechamento amplo não programado desde o atentado terrorista às torres gêmeas em setembro de 2001. Na terça-feira as praças acionárias por lá seguirão fechadas. A passagem do furacão pela Costa Leste dos EUA também está modificando a agenda de indicadores previstos, o que indica que os efeitos sobre a Bolsa local devem se estender durante toda a semana.

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