Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (Maria Magdalena Arrellaga/Bloomberg via/Getty Images)
Repórter
Publicado em 20 de outubro de 2023 às 08h41.
Última atualização em 20 de outubro de 2023 às 08h44.
A aversão ao risco volta a predominar no mercado internacional nesta sexta-feira, 20, tendo como pano de fundo as preocupações quanto aos desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Bolsas caem no mundo inteiro, enquanto o ouro e o petróleo seguem em alta.
O petróleo brent, nesta manhã, tocou o maior patamar do mês, chegando a beirar a marca dos US$ 94 por barril. Essa última "pernada" de valorização do petróleo ocorreu após os Estados Unidos terem interceptado mísseis que vinham do Iêmen, segundo autoridades americanas. O movimento elevou os temores de que a guerra entre Israel e Palestina se espalhe para os países da região, o que poderia resultar em embargos comerciais e, potencialmente, na menor oferta de petróleo.
Enquanto cresce o risco de novas sanções no Oriente Médio, os Estados Unidos busca equilibrar o preço do petróleo com a retirada de sanções sobre o petróleo venezuelano. Na véspera, os países chegaram a um acordo: os americanos reduziriam as sanções, dando abertura ao mercado internacional de petróleo, em troca de eleições livres no ano que vem.
Os esforços para aumentar a oferta da commodity são justificados. O petróleo alto nos Estados Unidos se traduz em inflação mais alta e atividade mais fraca. Em um cenário de estagflação, o dólar tende a permanecer alto ou se fortalecer ainda mais, afirmou o Bank of America em relatório divulgado na véspera.
É diante deste cenário de incertezas que a Petrobras anunciou na véspera a redução de R$ 0,12 no preço do litro da gasolina vendida a distribuidoras. Pelas contas de analistas da Ativa, a redução aumenta para R$ 0,30 a defasagem da gasolina local em relação ao preço internacional. A queda de preço, no entanto, foi compensada parcialmente pelo aumento do preço do diesel em R$ 0,25. As ADRs da Petrobras sobem cerca de 0,2% no pré-mercado americano desta manhã.
No radar dos investidores ainda estão os números do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br. A divulgação está prevista para às 9h. A expectativa é de que o dado, referente ao mês de agosto, mostre uma queda de 0,3% na atividade local.
O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.