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Petrobras recua com vendas a descoberto e queda do petróleo

As apostas na queda dos papéis da empresa quase triplicaram nos últimos 30 dias

Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos: as ações da companhia perderam 21% na última semana, comparado aos 17% de queda no índice Bovespa (Germano Lüders/EXAME.com)

Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos: as ações da companhia perderam 21% na última semana, comparado aos 17% de queda no índice Bovespa (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 19h04.

São Paulo e Rio de Janeiro -  As apostas na queda dos papéis da Petróleo Brasileiro SA quase triplicaram nos últimos 30 dias enquanto investidores tentam encontrar lucro com a queda nas cotações de petróleo. A ação teve queda de 7,6 por cento hoje, para R$ 18,65, maior baixa desde dezembro de 2008.

Os investidores alugaram 178,8 milhões de ações até 5 de agosto, ou 3,2 por cento do total, segundo dados levantados pela Bloomberg e pela Central Brasileira de Liquidação e Custódia. No dia 5 de julho o volume alugado foi de 63,9 milhões de ações, ou 1,1 por cento do total. Em uma venda a descoberto, os operadores apostam no declínio do papel e vendem esperando comprar mais tarde a um preço menor.

“O petróleo e todo o grupo de commodities estão sofrendo pelo cenário econômico”, disse Lucas Brendler, que ajuda a administrar R$ 6,3 bilhões na Geração Futuro Corretora de Valores SA. Investidores “estão tentando sair disso, fazendo vendas a descoberto de companhias com bastante liquidez.”

As ações da Petrobras perderam 21 por cento na última semana, comparado aos 17 por cento de queda no índice Bovespa, que recuou 8,1 por cento hoje. O petróleo caiu à mais baixa cotação em mais de oito meses enquanto investidores trocavam commodities por ativos como ouro e títulos do Tesouro americano, depois que a Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos pela primeira vez.
As apostas na queda também aumentaram na OGX Petróleo & Gás Participações SA, companhia controlada pelo bilionário Eike Batista. Investidores alugaram 53,3 milhões de ações no final da semana passada, com alta de 54 por cento em relação às 34,7 milhões de ações alugadas um mês antes.

A OGX recuou 16,4 por cento hoje, para R$ 9,20, maior queda desde abril. O preço é o menor desde maio de 2009.

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