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Petrobras pretende pagar US$ 34 bi em dividendos a acionistas até 2024

Empresa deve elevar o montante após 2021, quando redução da dívida bruta a US$ 60 bilhões desencadear pagamentos maiores

Petrobras: petroleira, que já foi a mais endividada companhia do setor, reduziu seu endividamento bruto para cerca de US$ 75 bilhões (Sergio Moraes/Reuters)

Petrobras: petroleira, que já foi a mais endividada companhia do setor, reduziu seu endividamento bruto para cerca de US$ 75 bilhões (Sergio Moraes/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 07h57.

Última atualização em 5 de dezembro de 2019 às 07h58.

São Paulo — A Petrobras planeja pagar aos seus acionistas US$ 34 bilhões em dividendos nos próximos cinco anos, enquanto reduz seu endividamento e vende ativos para reequilibrar suas finanças. A informação foi dada pelo presidente da estatal, Roberto Castello Branco, nesta quarta-feira, em evento com investidores em Nova York.

A Petrobras deve pagar US$ 3 bilhões em dividendos no próximo ano e elevar o montante após 2021, quando uma redução da dívida bruta a US$ 60 bilhões desencadear uma norma interna para pagamentos maiores, disse Castello Branco na conferência em Nova York. A Petrobras tem como alvo a redução da sua dívida a 1,5 veze e meia a geração de caixa até o fim de 2020.

O plano representa uma mudança substancial para a estatal, que tem mantido os pagamentos de dividendos perto do mínimo exigido pela regulação no Brasil desde 2018, após ter suspendido pagamentos em 2015 em meio ao escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato e problemas operacionais. Em 2018, a companhia distribuiu US$ 1,7 bilhão.

A retomada de dividendos generosos pelos quais a companhia já foi conhecida é o último passo de Castello Branco para reconquistar investidores. O executivo, escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro, tem cortado custos enquanto acelera a produção de óleo bruto da companhia em suas reservas gigantes em águas profundas.

A petroleira, que já foi a mais endividada companhia do setor, reduziu seu endividamento bruto para cerca de US$ 75 bilhões no fim do terceiro trimestre, de US$ 95 bilhões no fim do primeiro trimestre de 2019. Castello Branco assumiu em janeiro.

A companhia retomou a lucratividade em 2018, após quatro anos no vermelho. A Petrobras precisava de mais do que cinco anos da sua geração de caixa para pagar sua dívida quando teve sua nota de crédito rebaixada em 2015.

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