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Petrobras pode valorizar 35% na Bolsa este ano, diz Santander

Em relatório publicado pelo Santander, o banco destaca o programa de desinvestimento da estatal e a nova política de preços

BB Investimentos (Dado Galdieri/Bloomberg)

BB Investimentos (Dado Galdieri/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 06h35.

Última atualização em 12 de janeiro de 2017 às 06h35.

São Paulo - O Santander segue otimista com as ações da Petrobras em 2017. Em relatório publicado, o banco recomenda a compra dos papéis ordinários da estatal e afirma que este ano será importante para a companhia.

O analista que assina o relatório, Gustavo Allevato, aponta que as ações da estatal podem ter valorização de cerca de 35%. O preço-alvo estimado por papel é de 23,60 reais. No pregão de ontem, as ações eram comercializadas em 17,85 reais.

O otimismo com a petrolífera se deve a dois fatores: os desinvestimentos previstos e a alta no preço do petróleo. Uma combinação, que segundo o Santander, impulsionará  no processo de redução da alavancagem.

Sobre o programa de desinvestimento, o relatório lembra que a Petrobras vendeu aproximadamente 14,6 bilhões de dólares em ativos durante 2015-2016. O valor ficou abaixo da meta, que era de 15,1 bilhões de reais.

A justificativa da Petrobras para a meta não alcançada foi a liminar da Justiça do Estado de Sergipe, que suspendeu a venda de dois campos offshore (Baúna e Tartaruga Verde) para a empresa australiana Karoon, o que segundo o Santander poderia ter rendido entre 1,2 bilhão de dólares e 1,6 bilhão de dólares para o Santander.

“Embora essa decisão possa atrasar o processo de venda de alguns ativos e aumentar o montante de burocracia envolvida, o programa tem tamanha importância para a Petrobras que acreditamos que a empresa fará os ajustes que forem necessários para manter seu momento na venda de ativos e, portanto, alcançar suas importantíssimas metas de redução de alavancagem”, afirma o relatório.

Sobre a nova política de preços de combustíveis, o Santander afirma que a medida resultará em ajustes mais frequentes, com base nas mudanças nos preços do petróleo e no real.

Desta maneira, o banco acredita que os resultados operacionais da Petrobras devem se comportar de forma mais semelhante aos das empresas petrolíferas mundiais. Ou seja, “melhorando conforme os preços do petróleo sobem, e vice-versa.”

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