Petrobras: nova política de pagamento de dividendos. (NurPhoto/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de agosto de 2019 às 16h59.
Última atualização em 2 de setembro de 2019 às 08h11.
O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta semana uma nova política de remuneração aos acionistas. A alteração tem potencial de colocar a empresa entre as maiores pagadoras de dividendos da Bolsa.
Os dividendos são parte do lucro das empresas distribuído periodicamente a quem compra seus papéis. Geralmente, empresas que são boas pagadoras estão em estágio de crescimento avançado, não necessitando de tantos investimentos para financiar sua expansão.
Não será agora
A novidade da Petrobras deve demorar, porém, para acontecer. Para que a tabela entre em vigor, a petroleira tem de reduzir seu endividamento abaixo de R$ 60 bilhões. Segundo os analistas de mercado, isso não deve acontecer antes de 2021. Atualmente, sua dívida bruta gira em US$ 110 bilhões.
Pela nova diretriz, se a dívida da petroleira estiver abaixo de US$ 60 bilhões, a empresa poderá dividir 60% da diferença entre o que entra no caixa com a operação e os investimentos.
Por outro lado, caso o valor da dívida bruta esteja acima de US$ 60 bilhões, a Petrobras poderá distribuir os dividendos mínimos obrigatórios previstos em lei e no Estatuto Social, o que ocorre hoje.
A novidade agradou o mercado. Para os analistas, a regra torna o cálculo de pagamento de dividendos mais objetivo e transparente para quem detém ações da estatal.
Em relatório, o banco Santander avaliou a decisão como positiva, uma vez que alinha melhor o pagamento de proventos e equilibra melhor a sustentabilidade financeira e a capacidade de investimento da estatal. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".