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Petrobras planeja investir R$ 33 bilhões em projetos de refino e petroquímica no RJ

A expectativa é de que o Plano Estratégico 2025-2029 gere a criação de 315 mil empregos no período de cinco anos

 (Petrobras/Divulgação)

(Petrobras/Divulgação)

Publicado em 3 de julho de 2025 às 17h11.

Última atualização em 3 de julho de 2025 às 17h42.

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 3, que prevê investir cerca de R$ 33 bilhões em projetos de expansão de refino e petroquímica no Rio de Janeiro. Desse total, R$ 29 bilhões correspondem a recursos próprios da companhia (Capex), enquanto R$ 4 bilhões estão vinculados a projetos de terceiros que atuam de forma integrada aos ativos da empresa.

O maior investimento está concentrado na integração do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc). O valor estimado para esse conjunto de obras é de R$ 26 bilhões, conforme previsto no Plano de Negócios 2025–2029. Os pacotes de serviços já estão em processo de licitação.

A expectativa é de que o Plano Estratégico 2025-2029 gere a criação de 315 mil empregos no período de cinco anos.

O que muda para Petrobras com esse investimento?

A nova estrutura prevê um aumento da produção de diesel S-10 em 76 mil barris por dia, sendo 56 mil por meio de troca de qualidade e 20 mil de capacidade adicional. Haverá também ampliação da capacidade de produção de querosene de aviação (QAV) em 20 mil por dia e de lubrificantes grupo II em 12 mil.

A petroleira destacou ainda a previsão da instalação de uma planta dedicada à produção de combustíveis renováveis, com capacidade de 19 mil por dia de HVO e SAF, além da construção de duas termelétricas a gás natural no Complexo Boaventura, que poderão participar de leilões de reserva de capacidade. As usinas irão operar em sinergia com a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Itaboraí.

Na Reduc, a companhia avalia a implantação de um projeto de refino de lubrificantes usados, com capacidade de 30 mil m³ ao mês - equivalente a 6,3 mil por dia, aproveitando a estrutura existente da refinaria e incorporando conceitos de economia circular. A ANP já autorizou o teste de coprocessamento, previsto para ocorrer ainda este ano.

A Reduc também concluiu o teste de produção do primeiro lote de SAF com conteúdo renovável, utilizando até 1,2% de óleo de milho no processo. A unidade já produz o Diesel R5 (com 5% de conteúdo renovável) e recebeu autorização da ANP para testes com teor de 7%, com vistas à produção do Diesel R7.

Outro investimento confirmado é a construção de uma nova central termoelétrica na Reduc, com orçamento de R$ 860 milhões, que substituirá os equipamentos antigos de geração de vapor e energia elétrica. A previsão é que a mudança aumente a confiabilidade da refinaria.

Além disso, a empresa estima R$ 2,4 bilhões em paradas de manutenção na Reduc entre os anos de 2025 e 2029.

Na área petroquímica, a Petrobras avalia a viabilidade da produção de ácido acético e monoetilenoglicol (MEG) no Complexo Boaventura.

Já a Braskem, empresa coligada à Petrobras, pretende expandir sua planta de polietileno, com aumento de 230 mil toneladas por ano de capacidade, investimento estimado em R$ 4 bilhões, ainda sujeito à aprovação da governança interna.

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