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Petrobras (PETR4) sobe mais de 3% na máxima do dia após presidente da China falar em novos estímulos

Otimismo com as falas da autoridade levaram o petróleo a uma forte valorização na primeira sessão do ano

Petrobras: petróleo sobe e puxa companhia para cima no primeiro pregão do ano (Germano Lüders/Exame)

Petrobras: petróleo sobe e puxa companhia para cima no primeiro pregão do ano (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 15h05.

Última atualização em 2 de janeiro de 2025 às 15h37.

O primeiro pregão de 2025 é marcado por forte volatilidade, com o Ibovespa oscilando entre o vermelho e o azul ao longo de toda a sessão. O pessimismo com o cenário local ainda dita o tom do mercado. Entretanto, um otimismo com as falas do presidente Xi Jinping, da China, puxam o petróleo para cima, refletindo na Petrobras (PETR4).

A petroleira chegou a subir mais de 3% na máxima do dia, dando fôlego para as negociações da bolsa nesta quinta-feira, 2. Às 14h45, os papéis preferenciais subiam 2%, enquanto os ordinários valorizavam 2,87%.

“O compromisso do presidente Xi Jinping de estimular o crescimento econômico na China trouxe otimismo quanto à demanda global por combustíveis”, explica Frederico Nobre, portfolio manager da Warren Brasil.

Jinping defendeu, na última terça-feira, 31, a implementação de uma política macroeconômica mais "proativa" em 2025, para tentar conter a desaceleração econômica do país.

"Devemos criar políticas macroeconômicas mais proativas e eficazes", afirmou Xi durante um evento de fim de ano do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, segundo informações da emissora estatal CCTV.

A economia chinesa enfrenta desafios como a deflação causada por uma grave crise no setor imobiliário e o consumo ainda abaixo dos níveis pré-pandemia. Nos últimos meses, o governo adotou medidas de estímulo fiscal, incluindo cortes nas taxas de juro e aumento do limite de endividamento dos governos locais.

Apesar dessas iniciativas, especialistas acreditam que ações mais contundentes serão necessárias para sustentar o crescimento econômico.

O presidente chinês reafirmou a confiança em alcançar a meta oficial de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 5% para 2024, embora alguns analistas tenham dúvidas sobre a viabilidade desse objetivo.

Os dados oficiais sobre o desempenho econômico da China serão divulgados em janeiro.

As declarações de Xi ocorreram após a divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial, que recuou para 50,5 em dezembro, frente 51,5 em novembro – também abaixo das expectativas de analistas consultados pela FactSet, que projetavam o avanço do indicador para 51,7 no mês passado.

Entretanto, o número foi a terceira alta consecutiva, sendo que números acima de 50 mostram expansão da atividade.

Movimentos nos EUA também influenciam

A commodity também opera em alta devido a expectativas de políticas futuras dos Estados Unidos. “As expectativas de maior investimento no setor de energia, impulsionadas pelas políticas do presidente eleito Donald Trump, que deve assumir em breve, também contribuem para a alta", complementa o especialista.

Hoje o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) também divulgou que os estoques de petróleo caíram 1,178 milhão de barris na semana passada, número menor do que a previsão de -2,4 milhões.

Já os estoques de gasolina subiram 7,717 milhões, ante uma queda prevista de -300 mil. Os de destilados subiram 6,406 milhões de barris, quando a previsão era alta de 100 mil barris.

Essa redução dos estoques de petróleo, ainda que um pouco abaixo do esperado, também reforça a percepção de demanda sólida. Apesar disso, estoques elevados de gasolina e diesel nos EUA limitam movimentos mais expressivos nos preços.

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