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Petrobras (PETR4), dados da atividade americana e discussões fiscais: o que move o mercado

Esta terça-feira, 18, é marcada pelo início do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que irá decidir a próxima taxa de juros no Brasil

Radar: mercado repercute acordo entre Petrobras (PETR4) e união para pagamento de débitos fiscais (Wagner Meier/Getty Images)

Radar: mercado repercute acordo entre Petrobras (PETR4) e união para pagamento de débitos fiscais (Wagner Meier/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 18 de junho de 2024 às 08h38.

Os mercados internacionais operam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 18. Na Europa, as bolsas avançam após dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro virem em linha com as expectativas: alta de 0,2% em maio ante abril, como esperado pelos analistas ouvidos pela FactSet, com alta anual de 2,6%.

Na Ásia, as principais bolsas asiáticas fecharam em alta (com exceção do Hang Seng). Nos Estados Unidos, à espera de dados da indústria e do varejo, Nasdaq e S&P 500 sobem, enquanto Dow Jones recua levemente. Por aqui, no primeiro dia do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), o Ibovespa futuro recua.

Petrobras (PETR4)

O Conselho de Administração da Petrobras (PETR4) assinou, nesta segunda-feira, 17, um acordo com a Receita Federal para o pagamento de R$ 19,8 bilhões em débitos fiscais. Os valores são referentes às discussões administrativas e judiciais envolvendo o pagamento dos tributos Cide, PIS e Cofins, que, segundo a União, deveriam ter ocorrido entre 2008 e 2013 e somavam R$ 44 bilhões.

O acordo, então, marca o encerramento dessa uma disputa tributária entre empresa e a União, o que é positivo para a empresa. Entretanto, o pagamento terá um impacto de R$ 11 bilhões no lucro do segundo trimestre da companhia, segundo informou a empresa em comunicado ao mercado. Por conta disso, alguns investidores questionam a "pressa" no pagamento, já que também deve impactar os dividendos do segundo semestre.

Produção industrial e dados de varejo dos EUA

Na agenda dos indicadores econômicos, destaque para dados de vendas no varejo dos EUA de maio, que podem mostrar o ânimo do consumidor. O consenso LSEG projeta um crescimento de 0,2% em maio, ante estabilidade de 0% em abril. Os números serão divulgados às 9h30. Já a produção industrial americana está prevista para ser publicada às 10h15. As estimativas são de uma alta de 0,3% em maio, frente também aos 0% em abril.

Também de olho nos EUA, seis integrantes do Federal Reserve (Fed, banco central americano), incluindo a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, e o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, discursam em eventos em todo o país ao longo do dia.

Discussões fiscais

Investidores também ficam de olho nos desdobramentos das discussões fiscais do governo. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros do Conselho Orçamentário. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse ter apresentado a Lula uma versão preliminar de um possível corte de gastos. Haddad ressaltou ainda que o presidente foi mais receptivo ao tema.

Em meio ao temor fiscal do mercado, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), também disse ontem que não há qualquer possibilidade do governo alterar as mudanças no arcabouço fiscal. De acordo com Padilha, o governo de Lula vai continuar trabalhando pela “qualidade do gasto público”.

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