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Conselho da Petrobras (PETR3) vai fiscalizar paridade de preços a cada três meses

A Petrobras publicou a informação em fato relevante salientando que o objetivo é buscar "maximizar sua geração de valor"

Logotipo da Petrobras (PETR3) no edifício sede da companhia, no Rio de Janeiro (Sergio Moraes/Reuters)

Logotipo da Petrobras (PETR3) no edifício sede da companhia, no Rio de Janeiro (Sergio Moraes/Reuters)

A Petrobras (PETR3) informou nesta quarta-feira, 27, que o conselho de administração e o conselho fiscal irão fiscalizar a política de paridade de preço trimestralmente.

A Petrobras publicou a informação em fato relevante salientando que o objetivo é "preservar e priorizar o resultado econômico da companhia, buscando maximizar sua geração de valor".

"A diretriz incorpora uma camada adicional de supervisão da execução das políticas de preço pelo conselho de administração e conselho fiscal, a partir do reporte trimestral da Diretoria Executiva, formalizando prática já existente. Os procedimentos relacionados à execução da política de preço, tais como, a periodicidade dos ajustes dos preços dos produtos, os percentuais e valores de tais ajustes, a conveniência e oportunidade em relação a decisão dos ajustes dos preços permanecem sob a competência da Diretoria Executiva. Vale destacar que a referida aprovação não implica em mudança das atuais políticas de preço no mercado interno, alinhadas aos preços internacionais, e tampouco no Estatuto Social da Companhia", informou a Petrobras.

Petrobras (PETR3) sofre investidas políticas para mudar política de preços

A Petrobras está sendo alvo de uma série de investidas políticas para mudar a sua política de formação de preços.

Seja o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que o principal candidato da oposição para a Presidência da República, Lula (PT), estão pedindo alterações na política de preços da estatal petrolífera, para tentar reduzir a alta dos combustíveis.

Lula já anunciou que, caso seja eleito, mudará a política de preços da Petrobras pois "Bolsonaro não teve coragem".

Por sua vez, o presidente da República já definiu como "estupro" o lucro da Petrobras e não descartou novas mudanças no comando da petrolífera.

Desde o começo do seu mandato presidencial, Bolsonaro já nomeou quatro presidentes da estatal. As últimas três substituições ocorreram no intervalo de dois meses.

Mas o Brasil não é o único país onde a política está interferindo com a formação de preços das empresas de energia.

Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden já pediu para as petrolíferas americanas uma redução de preços, criticando as "margens de lucro historicamente altas" dessas empresas.

“A crise que as famílias estão enfrentando merece ação imediata", chegou a declarar Biden. 

Na Europa, os governos estão tentando enfrentar a crise energética através da nacionalização de empresas do setor. Como é o caso da Alemanha, que decidiu estatizar a Uniper, e a França, que decidiu nacionalizar a EDF.

No Brasil, a Petrobras reafirmou em várias ocasiões seu compromisso com a política de preços atrelada à variação do mercado internacional (PPI), mas também já informou em notas que "evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio".

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