Petrobras: Conselho irá avaliar Planos Estratégico e de Negócios nesta semana (Wilson Melo/Agência Petrobras)
Redação Exame
Publicado em 18 de novembro de 2024 às 10h42.
Última atualização em 18 de novembro de 2024 às 10h43.
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 18, que submeterá seu novo Plano Estratégico e de Negócios, abrangendo o período de 2025 a 2029, ao Conselho de Administração no próximo dia 21 de novembro. A companhia também realizará um webcast em seguida para apresentar detalhes do plano ao mercado e aos acionistas.
De acordo com uma versão preliminar discutida internamente e obtida pela Folha, o plano prevê investimentos totais de US$ 111 bilhões (R$ 640 bilhões), superando os US$ 102 bilhões (R$ 580 bilhões) da versão anterior. A proposta ainda inclui a manutenção de US$ 45 bilhões (R$ 256 bilhões) em dividendos ordinários e até US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões) em dividendos extraordinários.
Na área de exploração e produção, o orçamento subiria de US$ 73 bilhões para US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), com US$ 7,9 bilhões (R$ 45 bilhões) destinados à busca por novas reservas em bacias promissoras, como a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas, além de projetos na África. A meta é repor reservas para manter a produção média de 3,2 milhões de barris diários na próxima década, quando os campos do pré-sal entrarão em declínio.
O investimento em refino também deve aumentar, passando de US$ 17 bilhões (R$ 97 bilhões) para US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões), com destaque para a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Boaventura, no Rio de Janeiro.
A diversificação das atividades aparece como um pilar estratégico, com retorno aos investimentos em petroquímica e fertilizantes. Um exemplo é a retomada das obras da unidade de fertilizantes em Três Lagoas (MS), com previsão de R$ 3,5 bilhões, além da reativação da Araucária Nitrogenados, no Paraná.
A proposta preliminar mantém um orçamento de US$ 11 bilhões (R$ 62 bilhões) para projetos de baixo carbono, focados em descarbonização das operações, enquanto considera a energia renovável, como solar e eólica, menos atrativa. Essa estratégia reflete a visão da gestão Magda Chambriard, que defende uma “transição energética justa”, alinhada ao papel contínuo do petróleo na economia global.