Mercadante: petista paulista surge como um dos possíveis nomes para comando da Petrobras (Elza Fiúza / Agência Brasil/Agência Brasil)
As ações da estatal Petrobras (PETR3/PETR4) sofriam forte desvalorização nesta segunda-feira, 12, como repercussão da notícia de que Aloízio Mercadante pode ser indicado para o comando da petroleira, segundo reportagem da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo. As ações ordinárias (PETR3) recuavam 3,56%, para R$ 27,06, enquanto as preferenciais (PETR4) caíam 4,65%, para R$ 23,56.
Rumores indicam que o petista poderia ser indicado ao comando tanto da estatal quanto do BNDES. Mercadante foi um dos principais nomes da estratégia de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.
“O quebra-cabeças ministerial ainda está sendo montado, mas tudo caminha para que o ex-ministro embarque em outra canoa que não a de ministro — e não menos importante”, escreveu Jardim.
A possível nomeação do político paulista para o comando da estatal é vista com receio por agentes do mercado, que veem risco à governança da companhia.
A lei das estatais, contudo, veda a indicação para presidência de quem atuou em estrutura decisória de partidos políticos nos últimos 36 meses.
Ao Estadão, Mercadante afastou a possibilidade de mudança na lei. "No governo de transição, desconheço iniciativa de alterar lei das estatais", disse Mercadante ao chegar à cerimônia de diplomação de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Questionado, Mercadante não quis comentar os rumores.
O nome também substitui as principais apostas no senador Jean Paul Prates (PT), que tem mais de 25 anos de trabalho nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais. Prates também é um dos cotados para o Ministério de Minas e Energia.