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Petrobras passa de 'vilã' a 'mocinha' e Bovespa volta ao azul no ano

Estatal fez a Bovespa registrar a terceira alta seguida e voltar para os 57 mil pontos, nível que não atingia desde 14 de maio

O Ibovespa encerrou com ganho de 1,78%, aos 57.195,49 pontos (Germano Lüders/EXAME)

O Ibovespa encerrou com ganho de 1,78%, aos 57.195,49 pontos (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 17h56.

São Paulo - A Petrobras passou de 'vilã' a 'mocinha' e fez a Bovespa registrar a terceira alta seguida e voltar para os 57 mil pontos, nível que não atingia desde 14 de maio (57.539,61 pontos). O bom humor com as ações da petroleira é atribuído à expectativa de que a empresa promova reajuste nos combustíveis. Aliás, esta terça-feira foi o dia das expectativas - com o fim da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) na quarta-feira e, com o G-20 nesta terça-feira.

O Ibovespa encerrou com ganho de 1,78%, aos 57.195,49 pontos. Na máxima, o índice atingiu 57.567 pontos (+2,44%) e, na mínima, 56.210 pontos (+),03%). Com o ganho do dia, a Bolsa passou a registrar valorização de 0,78% no ano. No mês, o ganho foi ampliado para 4,97%. O giro financeiro ficou em R$ 7,990 bilhões. Aliás, segundo operadores, grande parte desse volume é atribuído à volta dos estrangeiros.

Petrobras ON subiu 4,82% e a PN, +3,97%. Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que há preocupação do governo com os efeitos do congelamento dos preços dos combustíveis para o caixa da Petrobras. Na semana anterior, Lobão havia negado essa hipótese. Na sexta-feira, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, voltou a afirmar a necessidade de que a companhia promova um reajuste. Fontes ouvidas pela Agência Estado afirmaram que o plano de negócios da Petrobras recomenda um reajuste de 15% na remuneração que a companhia recebe por seus combustíveis.


"Quem vendeu agora está correndo atrás do papel", disse um operador, se referindo ao fato de que após o anuncio dos planos da estatal, muitos investidores resolveram se desfazer de suas ações, preocupados com o aumento do investimento em capital fixo (Capex).

As ações da Vale também fizeram bonito e encerraram com ganho de 2,41% a ON e 2,58% a PNA. Do lado negativo, o destaque do Ibovespa foram os papéis da BM&F que caíram 2,02%. Segundo profissionais, as ações reagem a possibilidade de a Bolsa ter uma concorrente.

"Hoje o mercado viveu de expectativa. Nada de concreto aconteceu", disse um experiente profissional, ressaltando, ainda, a necessidade que o mercado está de ter boas notícias. "O mercado está carente, querendo algo de bom para poder ir às compras e puxar esta Bolsa para cima", disse.

Externamente, os investidores esperam que o Fed anuncie, na quarta-feira, ao fim da reunião, medidas de estímulo à economia norte-americana. A cada novo indicador negativo, aumentam as esperanças. Nesta terça-feira as atenções estão voltadas para o término do encontro de líderes do G-20. Os participantes querem convencer a Alemanha a aceitar a implementação de medidas para o favorecer o crescimento global. No México, a chanceler Angela Merkel defendeu ações de estímulo, mas ponderou que "crescimento não é apenas dinheiro". "A tarefa agora é assegurar que os recursos que temos para crescimento sejam usados de maneira eficaz."

Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com ganho de 0,75%, o S&P 500 subiu 0,98% e o Nasdaq avançou 1,19%.

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