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Petrobras: os desafios internos

O acordo na Opep, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que vai diminuir a produção mundial em 1,2 milhão de barris por dia foi um alívio para as ações da Petrobras na quarta-feira. Os papéis preferenciais subiram 9,1% e os ordinários, 10,6%. O impasse sobre o acordo assombrou as ações da estatal durante o […]

PETROBRAS: funcionários responsáveis pela Bacia de Campos ameaçam cruzar os braços a partir de hoje  / Germano Lüders

PETROBRAS: funcionários responsáveis pela Bacia de Campos ameaçam cruzar os braços a partir de hoje / Germano Lüders

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 19h26.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h03.

O acordo na Opep, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que vai diminuir a produção mundial em 1,2 milhão de barris por dia foi um alívio para as ações da Petrobras na quarta-feira. Os papéis preferenciais subiram 9,1% e os ordinários, 10,6%.

O impasse sobre o acordo assombrou as ações da estatal durante o mês de novembro. Mesmo com a alta de ontem, os papéis preferenciais ainda caíram 9,5% no mês. “Com a nova política de preços de combustíveis da Petrobras seguindo as regras de mercado, as ações da estatal estão mais suscetíveis ao preço do petróleo. O acordo da Opep é uma ótima notícia para a empresa”, diz Marco Saravalle, analista da XP Investimentos. A previsão agora é de que o petróleo, atualmente nos 50 dólares, suba até os 60 dólares.

Com a boa avaliação da gestão de Pedro Parente e uma esperada estabilidade no preço do petróleo, o último mês do ano deveria ser tranquilo para a companhia. Deveria, mas no Brasil de 2016 “tranquilo” é uma palavra proibida para qualquer instituição ligada ao governo. A instabilidade política no país pode atrapalhar a estatal na busca por investidores para cumprir seu plano de desinvestimentos de 15,1 bilhões de dólares até o fim do ano (dos quais 11 bilhões já foram anunciados). Faltam, portanto, 4 bilhões no caixa e apenas 30 dias no calendário.

Segundo a coluna Primeiro Lugar, da nova edição da revista EXAME, interessados em comprar a BR Distribuidora, a rede de combustíveis da Petrobras, estão assustados com os números da companhia. Em 2014, a BR tinha 3,7 bilhões de reais a receber de usinas térmicas, a maioria controlada pelo governo. Dois anos depois, o valor saltou para 10 bilhões de reais e deve fechar 2016 em 11 bilhões de reais. O negócio é avaliado em torno de 12 bilhões de reais. As propostas iniciais serão entregues no dia 19 de dezembro. Será mais uma chance de alívio, ou uma nova fonte de preocupação, para a companhia.

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