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Petrobras no múltiplo mais baixo desde 1999 atrai Aberdeen

A relação entre o preço da ação e o valor patrimonial da estatal caiu para 0,9 em relação ao 1,8 de dois anos atrás

A desaceleração global acentuou a venda estimulada pelo receio de que o governo Dilma está colocando os interesses de desenvolvimento nacionais à frente dos acionistas (AFP)

A desaceleração global acentuou a venda estimulada pelo receio de que o governo Dilma está colocando os interesses de desenvolvimento nacionais à frente dos acionistas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 20h18.

São Paulo - A queda da Petróleo Brasileiro SA para o múltiplo mais baixo desde 1999 pode ser um sinal de compra para o investidor.

A relação entre o preço da ação e o valor patrimonial da estatal caiu para 0,9 em relação ao 1,8 de dois anos atrás. A desaceleração global acentuou o movimento de venda estimulado pelo receio de que o governo da presidente Dilma Rousseff está colocando os interesses de desenvolvimento nacionais à frente dos interesses dos acionistas.

A relação, que chegou a 0,6 em 23 de setembro -- o nível mais baixo em 12 anos -- é a segunda menor entre as 20 empresas de petróleo com valor de mercado de mais de US$ 50 bilhões, superando apenas a russa Gazprom OAO, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

A Aberdeen Asset Management, Henderson Global Investors Ltd. e o Deutsche Bank AG disseram que a queda de 41 por cento da Petrobras em dois anos é excessiva.

A queda é quase o dobro da baixa de 21 por cento da BP Plc, em que um poço no Golfo do México causou o pior derramamento de óleo da história. Os investidores se desfizeram da Petrobras após a produção crescer menos e a empresa diluir os acionistas com a venda recorde de US$ 70 bilhões em ações destinada a ajudar a financiar o maior plano de investimento do setor petrolífero.


“Há uma porção de problemas, mas assumindo uma visão de longo prazo está realmente muito barato, especialmente quando se compara com outras grandes ao redor do mundo”, disse Nick Robinson, que administra US$ 6 bilhões em ações brasileiras na Aberdeen em São Paulo e disse que comprou papéis da Petrobras no mês passado.

Compra de ADR

A Aberdeen, que administra cerca de US$ 300 bilhões globalmente, foi o maior comprador de American Depositary Receipts da Petrobras no terceiro trimestre, aumentando sua participação em 13,1 milhões de ADRs preferenciais para 85,6 milhões, ou 3,1 por cento do total, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Cada ADR equivale a duas ações. A empresa também comprou 403.000 ações preferenciais no trimestre, elevando o total para 4,8 milhões, segundo os dados. Robinson se negou a dar mais detalhes.

A Petrobras acumula uma perda de 19 por cento este ano na bolsa de São Paulo, perdendo apenas para a baixa de 20 por cento da indiana Reliance Industries Ltd. entre suas principais concorrentes de óleo e gás. O Ibovespa caiu 16 por cento este ano, enquanto o barril de petróleo está em alta de 12 por cento em Nova York.

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