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Petrobras leva Ibovespa ao campo negativo

Petrobras ditava o tom após a Moody's cortar o rating individual da estatal, medido pelo critério Baseline Credit Assessment


	Bovespa: às 11h46, o Ibovespa recuava 1,21 por cento, a 51.685 pontos
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: às 11h46, o Ibovespa recuava 1,21 por cento, a 51.685 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 11h35.

São Paulo - A Bovespa retomava o viés negativo nesta quinta-feira, após a trégua da véspera, com Petrobras ditando o tom após a Moody's cortar o rating individual da estatal, medido pelo critério Baseline Credit Assessment (BCA), devido às investigações sobre alegações de corrupção na companhia.

Às 11h46, o Ibovespa recuava 1,21 por cento, a 51.685 pontos. O volume financeiro somava 1,16 bilhão de reais.

As preferenciais da estatal do petróleo recuavam 3,53 por cento e as ordinárias caíam 3,83 por cento, com a decisão da agência de classificação de risco de reduzir a nota de Baa3 para Ba1, citando crescente risco de liquidez, somando-se ao noticiário já desfavorável para a companhia.

Outra relevante pressão negativa no índice vinha de BRF , em queda de 2,4 por cento. O Goldman Sachs rebaixou a recomendação para o papel de "compra" para "neutra", citando que agora vê espaço limitado de alta para as estimativas e preços do consenso, enquanto vislumbra riscos negativos.

Os papéis preferenciais de outra blue chip, a Vale , também sofriam nesta sessão, em queda de 1,22 por cento, mesmo com a alta de mais de 2 por cento do minério de ferro no mercado à vista <.IO62-CNI=SI> na China. No caso da mineradora, o BofA ML cortou a recomendação para "neutra".

A decisão do Banco Central, da véspera, de intensificar o aperto monetário ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,75 por cento ao ano, também estava no radar, mas sem um consenso sobre os sinais emitidos pela autoridade monetária em termos de comprometimento. Alguns profissionais de renda variável ouvidos pela Reuters citavam a elevação mais forte como uma indicação de comprometimento, mas outros demonstraram reticência com a ausência de referências contundentes de que o BC seguirá empenhado no controle da inflação.

Também segue no foco a finalização da votação do projeto que, na prática, desobriga o governo federal de realizar um superávit primário. O Congresso aprovou na véspera o projeto que amplia os descontos da meta fiscal, mas ainda falta analisar uma última emenda, o que está previsto para terça-feira.

"A não aprovação pode adiar os planos do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy ... Havia expectativa de que tudo seria aprovado ainda ontem (quarta-feira) e não foi, o que adiciona algum risco político, o que preocupa", disse operador de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ser identificado. Vejas as maiores baixas e altas do Ibovespa às 11h51: BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação JBS ON 11,26 -4,33% PETROBRAS ON 11,52 -4,00% COPEL PNB 33,53 -3,65% PETROBRAS PN 12,28 -3,53% ELETROPAULO PN 8,84 -3,39% ROSSI RESID ON 3,46 -3,35% BR PROPERT ON 9,95 -3,21% GAFISA ON 2,59 -3,00% SANTANDER BR UNT 14,08 -2,90% MARFRIG ON 5,86 -2,82% ALTAS Ação Código Preço(R$) Variação USIMINAS PNA 4,91 +0,61% TELEF BRASIL PN 48,75 +0,31% CIA HERING ON 22,27 +0,23% NATURA ON +33,21 +0,03% (Edição de Marcela Ayres.)

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