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Petrobras lança US$ 4 bi em bônus no mercado internacional

A Petrobras estabeleceu rendimento final de 6,125 por cento para 2 bilhões de dólares em bônus de cinco anos

Petrobras: o momento da emissão foi visto como oportuno, dado que os papéis brasileiros se recuperaram desde a vitória surpresa de Donald Trump (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: o momento da emissão foi visto como oportuno, dado que os papéis brasileiros se recuperaram desde a vitória surpresa de Donald Trump (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 19h35.

Última atualização em 9 de janeiro de 2017 às 21h42.

Nova York  - A Petrobras lançou no mercado internacional nesta segunda-feira 4 bilhões de dólares em bônus em duas tranches, numa operação em que a estatal busca alongar dívida vincenda, informou o IFR, serviço da Thomson Reuters.

A operação, que visa financiar a recompra de até 2 bilhões de dólares em dívida, é a primeira captação de uma empresa da América Latina no mercado internacional neste ano.

O momento da emissão foi visto como oportuno, dado que os papéis brasileiros se recuperaram desde a vitória surpresa de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA em 8 de novembro.

"Eles não poderiam ter escolhido um momento melhor", disse Ricardo Navarro, gerente de carteira da Noctua. "Estamos provavelmente perto dos níveis pré-Trump."

Após atingir cerca de 8,3 por cento na semana que se seguiu às eleições nos EUA, o rendimento dos títulos de 2026 da Petrobras, com cupom de 8,75 por cento, caiu gradualmente até atingir 7 por cento na semana passada.

Com uma indicação inicial de preço ao redor de 6,5 por cento para o título de cinco anos, e de 7,75 por cento para o de 10 anos, os coordenadores da emissão da estatal brasileira calculavam prêmios atrativos para novas emissões entre 50 e 75 pontos básicos.

Esse cálculo dependia, em parte, do peso atribuído ao alto preço em dólar na taxa atual de 8,375 por cento dos títulos de 2021 e 8,75 por cento nos de 2026, que, de acordo com um executivo de banco, eram negociados na semana passada com rendimentos da faixa de 5,95 por cento a 7,18 por cento.

A Petrobras começou com um prêmio generoso para conseguir investidores, assim como a estatal mexicana de petróleo Pemex fez em dezembro.

A demanda de mais de 20 bilhões de dólares permitiu reduzir as taxas oferecidas, antes de lançar 2 bilhões em papéis de cinco anos com rendimento de 6,125 por cento e outros 2 bilhões de dólares em títulos de 10 anos a 7,375 por cento.

Embora a Petrobras tenha ficado aquém da meta de desinvestimento de 2015-16 para levantar 15,1 bilhões de dólares, os investidores sentem em grande parte que a empresa está indo na direção certa, e ainda é considerada barata.

A estatal quer recomprar bônus em dólares com vencimentos em 2019 e 2020 e também bônus denominado em euros de 2019.

O Bradesco, o Citigroup, o HSBC, o Itaú e Morgan Stanley estão atuando como líderes da operação.

 

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