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Petrobras já perdeu R$ 75 bi em valor de mercado no ano

Essa já é considerada a maior perda entre as maiores companhias brasileiras negociadas em na Bovespa

Plataforma da Petrobras: ano passado a companhia valia R$ 347,084 bilhões; ontem, o valor era de R$ 272,050 bilhões (.)

Plataforma da Petrobras: ano passado a companhia valia R$ 347,084 bilhões; ontem, o valor era de R$ 272,050 bilhões (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Rio - A Petrobras já perdeu R$ 75,033 bilhões em valor de mercado em 2010, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica. É, de longe, a maior perda entre as maiores companhias brasileiras negociadas em Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), na contramão do movimento de recuperação de algumas das maiores empresas do País, como Vale e AmBev. A segunda empresa que mais perdeu valor este ano é a também estatal Eletrobras: R$ 13,357 bilhões.

O levantamento comparou o valor de mercado das companhias em 31 de dezembro de 2009 com o fechamento de ontem da Bovespa. A Petrobras fechou o ano passado valendo R$ 347,084 bilhões. Ontem, valia R$ 272,050 bilhões. A expressiva redução no valor das ações da companhia reflete as incertezas com relação ao processo de capitalização, que era previsto para julho mas foi adiado para o fim de setembro.

Na lista das 20 maiores companhias brasileiras com ações na Bolsa, seis perderam valor de mercado em 2010: além de Petrobras e Eletrobras, Gerdau (menos R$ 4,389 bilhões), Santander (R$ 3,724 bilhões), JBS (1,164 bilhão) e Itaú Unibanco (R$ 610 milhões). Nesse movimento, a Eletrobras está quase perdendo a 12.ª posição para a Vivo, cujo valor de mercado cresceu R$ 4,954 bilhões no ano e está hoje a R$ 188 milhões dos R$ 26,742 bilhões da estatal.

A Vale, segunda maior empresa brasileira, aproveitou-se da retomada das compras e dos reajustes nos preços do minério e ganhou R$ 8,03 bilhões em valor de mercado em 2010, o maior ganho entre as grandes companhias da Bovespa. Segundo as contas da Economatica, a empresa fechou o pregão de ontem com um valor de R$ 251,242 bilhões.

"Vemos risco negativo para as nossas estimativas. O foco dos investidores continua na capitalização e na aquisição de 5 bilhões de barris de óleo do governo. Em contrapartida, há um fraco acréscimo à produção previsto para este ano, o que deve comprometer a meta de produção (da Petrobras)", comentou, em relatório de mercado, o analista Emerson Leite, do banco Credit Suisse, lembrando que a falta de uma "orientação diferente no caminho da empresa reduz mais a confiança do mercado" e, consequentemente, afeta as ações da companhia.

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