Petrobras: decisão de desinvestimento reflete estratégia de reestruturação e foco em ativos que apresentem maior sinergia com seu portfólio (Germano Lüders/Exame)
Repórter Exame IN
Publicado em 28 de novembro de 2024 às 10h54.
Última atualização em 28 de novembro de 2024 às 10h55.
A Petrobras anunciou o início da divulgação da oportunidade de cessão de sua participação minoritária de 25% no Campo de Tartaruga, localizado no município de Pirambu, em Sergipe, em águas rasas da Bacia de Sergipe-Alagoas. A operação é realizada pela SPE Tiêta, uma empresa do grupo Petrorecôncavo.
O teaser contendo as principais informações sobre a oportunidade e os critérios de elegibilidade para potenciais participantes já está disponível no site da Petrobras, oferecendo aos investidores detalhes sobre o ativo, que inclui dados da produção atual e os requisitos para participação na negociação.
De acordo com a Petrobras, a produção média da companhia no Campo de Tartaruga, considerando os primeiros nove meses de 2024, foi de aproximadamente 41 barris por dia (bpd) de óleo e 723 metros cúbicos diários (m³/dia) de gás associado. A produção total do campo representa menos de 1% da produção total do estado de Sergipe.
A decisão de desinvestimento da Petrobras reflete sua estratégia de reestruturação e foco em ativos que apresentem maior sinergia com seu portfólio. O Campo de Tartaruga é considerado um ativo não operado pela Petrobras, o que torna a cessão uma decisão alinhada ao seu plano de negócios. Importante ressaltar que a cessão da participação não afetará as demais atividades da Petrobras na região.
Ainda conforme o Plano de Negócios 2025-2029, a Petrobras continuará seus investimentos no estado de Sergipe, com destaque para a contratação de dois navios plataformas do tipo FPSOs (Floating Production Storage and Offloading) para a área de Sergipe Águas Profundas (SEAP), com capacidade de produção de até 120 mil barris por dia cada um. Além disso, está prevista a construção de um gasoduto com capacidade de 18 milhões de metros cúbicos por dia.
A companhia também esclareceu que, por se tratar de um campo não operado, não há empregados da Petrobras exclusivamente dedicados a esse ativo, e a cessão não terá impacto sobre sua força de trabalho, seja própria ou terceirizada.
O processo de cessão está sendo conduzido de acordo com as normas internas da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, conforme o Decreto 9.355/2018. As etapas subsequentes do projeto serão comunicadas ao mercado conforme necessário.