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Petrobras está barata e pode subir quase 30%, diz Safra

Analistas afirmam que a estatal negocia em múltiplos baixos na Bovespa e projetam uma expressiva expansão de produção, independente de mudança de governo


	Graça Foster foi ouvida recentemente em CPI que apura denúncias de irregularidades na Petrobras
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Graça Foster foi ouvida recentemente em CPI que apura denúncias de irregularidades na Petrobras (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 17h49.

São Paulo – O banco Safra retomou a cobertura das ações da Petrobras com recomendação classificada em outperform (desempenho acima da média de mercado).

O preço-alvo para o final deste ano foi estabelecido em 26 reais às ações preferenciais e 24 reais às ordinárias, ou seja, 26% de potencial de valorização.

A equipe de análise do Safra afirma que a Petrobras negocia em múltiplos baixos na Bolsa e projeta uma expressiva expansão de produção, independente de uma possível mudança de governo.

“A produção estimada para 2016 de 2,4 millhões de barris de petróleo por dia é bastante desafiadora. Estimamos um crescimento de produção de 20% até o final de 2016, meta que, apesar de viável, precisa ser monitorada com atenção”, afirmam os analistas.

As ações preferenciais da Petrobras já avançaram 26% em 2014, enquanto o Ibovespa acumulou ganhos de 13% no período. Mesmo assim, o Safra acredita que os papéis são estão sobrevalorizados em termos de múltiplos de mercado.

“A ação está negociada atualmente em 6,1x VE/EBITDA (valor da empresa/Ebitda) de 12 meses, ainda ligeiramente abaixo da média histórica de 6,2x”, justifica a relatório.

O banco afirma que o principal componente para justificar o recente desempenho superior dos papéis seja a expectativa de aumentos de preços para diesel e gasolina logo após as eleições, cenário possível tanto na continuação do governo de Dilma Rousseff, quanto na vitória de Aécio Neves.

No entanto, os analistas reconhecem que o maior risco envolvendo os papéis da estatal é o constante controle de preços domésticos abaixo do patamar internacional.

“Estimamos que a defasagem de preços para o diesel seja de 8%, ante a paridade internacional, ao passo que os preços da gasolina estão 11% inferiores. O impacto financeiro é bastante relevante, pois o segmento de refino perdeu 10 bilhões de dólares somente em 2013 comprando petróleo bruto a preços internacionais e vendendo diesel e gasolina a valores controlados”, concluem os analistas.

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