Mercados

Petrobras e Vale somam-se a Bernanke e Bovespa sobe

O Ibovespa encerrou com valorização de 1,25%, aos 54.583,13 pontos

Bovespa: no mês, a Bolsa conseguiu voltar para o campo positivo, com alta de 0,42% (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Bovespa: no mês, a Bolsa conseguiu voltar para o campo positivo, com alta de 0,42% (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 17h48.

São Paulo - A Bovespa acompanhou o bom humor externo e conseguiu engatar a segunda alta seguida e voltar para os 54 mil pontos nesta quarta-feira. Mais uma vez foi o presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Ben Bernanke, que trouxe o alento para os negócios, ao reiterar que, se necessário, irá adotar novos estímulos econômicos para o país. Perto do fechamento, a melhora das ações da Petrobras e da Vale, que operaram em queda durante quase todo o pregão, ajudou a Bolsa a ampliar os ganhos. Já o Livro Bege, divulgado no início da tarde, ratificou o que já vinha sendo dito, que a economia norte-americana se expandiu a um ritmo moderado em junho e no começo de julho, mas o mercado de mão de obra mostrou um crescimento apenas "morno" nos EUA.

Com isso, o Ibovespa encerrou com valorização de 1,25%, aos 54.583,13 pontos. Na mínima, o índice atingiu 53.551 pontos (-0,66%) e, na máxima, 54.588 pontos (+1,26). No mês, a Bolsa conseguiu voltar para o campo positivo (+0,42%), mas, no ano, ainda tem queda de 3,83%. O giro financeiro limitou-se a R$ 4,883 bilhões.

O operador de uma corretora paulista observou que o chairman do Fed não disse nada de diferente, mas ponderou que nesta quarta-feira o mercado está num dia "bom". "Ele (Bernanke) não falou nada de diferente. O mercado tem um dia bom e um mau, hoje ele estava num dia bom", brincou, ressaltando ainda que em algum momento deve haver uma "enxurrada de dinheiro" para a Bolsa. "O nosso charme era o juro, agora o juro está baixo e o investidor vai buscar algo mais rentável", disse o profissional.


Por aqui, as ações da Petrobras conseguiram virar no final. O papel ON subiu 0,05% e o PN ganhou 0,42%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em agosto encerrou com valorização de 0,73%, a US$ 89,87 por barril, com os investidores ignorando os dados de estoques comerciais da commodity nos EUA e dando atenção a questões sazonais e fatores geopolíticos.

Vale fechou sem direção única. A ação ON subiu 0,13% e a PNA perdeu 0,36%. Os papéis refletiram a aprovação, na terça-feira, da Medida Provisória (MP) que altera a forma de cálculo da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), conhecida como os royalties da mineração. Na prática, o artigo aprovado na Câmara representa um aumento do imposto cobrado das mineradoras. Por outro lado, a expectativa para o relatório de produção da mineradora no segundo trimestre, que será divulgado logo após o fechamento do pregão, é positiva, já que deve apontar crescimento no período.

O destaque de queda do índice foi a Oi PN (-4,48%), seguida de TIM ON (-2,77%), Trasmissão Paulista PN (-2,29%) e Oi ON (-2,24%). As ações das empresas de telefonia refletiram a notícia de que a Anatel tomará nesta quarta-feira medidas duras que incluem suspensão de vendas de linhas da TIM, Oi e Claro. Já o lado positivo foi liderado por Banco do Brasil (+6,98%).

Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com ganho de 0,81%, o S&P 500 subiu 0,67% e o Nasdaq, +1,12%.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol