Mercados

Petrobras é risco a rating soberano do Brasil, diz Moody's

Entre os países latino-americanos nos quais as companhias de petróleo nacionais apresentam o maior risco estão Brasil, com Petrobras, e México, com Pemex


	Sede da Moody's em Nova York: a Moody's destaca no relatório que tanto a Petrobras quanto a Pemex são "companhias integradas cujos ratings refletem um alto nível de suporte implícito dos respectivos governos"
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Sede da Moody's em Nova York: a Moody's destaca no relatório que tanto a Petrobras quanto a Pemex são "companhias integradas cujos ratings refletem um alto nível de suporte implícito dos respectivos governos" (REUTERS/Brendan McDermid)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 16h06.

São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's publicou relatório em que afirma que companhias de petróleo nacionais com altos níveis de dívida e reduzida capacidade financeira impõem riscos para os ratings soberanos. Entre essas companhias, a Moody's destacou a Petrobras.

Segundo a agência, entre os países latino-americanos nos quais as companhias de petróleo nacionais apresentam o maior risco estão o Brasil, com a Petrobras, e o México, com a Pemex.

A Moody's destaca no relatório que tanto a Petrobras quanto a Pemex são "companhias integradas cujos ratings refletem um alto nível de suporte implícito dos respectivos governos".

"Três fatores principais podem prejudicar a capacidade de uma companhia de petróleo nacional pagar o serviço de suas dívidas e podem levar à materialização de obrigações contingentes para o soberano: choques no preço do petróleo, perdas graduais mas persistentes ou riscos de governança corporativa", afirmou o vice-presidente e analista sênior da Moody's, Jaime Reusche.

"As companhias que impõem o maior risco têm uma combinação de robustez financeira relativamente baixa e níveis de dívida relativamente altos", acrescentou.

O relatório também menciona a Petrotrin, de Trinidad & Tobago, e a PdVSA, da Venezuela. "Na América Latina, das oito companhias que acompanhamos, o maior aumento na dívida relativa ao tamanho da economia durante os últimos cinco anos ocorreu na PdVSA. Essa companhia em particular enfrenta riscos soberanos maiores entre todos os seus pares e tem o rating mais baixo", afirmou Reusche.

A Moody's citou ainda a KazMunayGas, do Casaquistão, e a Companhia Estatal de Petróleo da República do Azerbaijão.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingCapitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoMercado financeiroMoody'sPetrobrasPetróleoRating

Mais de Mercados

Dividendos: As empresas que mais pagaram proventos no ano e 3 recomendações para o restante de 2025

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, aconselha Trump: 'Pare de discutir com Powell sobre juros'

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump