Plataforma P-52, da Petrobras, no Campo de Roncador, na Bacia de Campos (Germano Lüders/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 9 de setembro de 2022 às 08h30.
Última atualização em 9 de setembro de 2022 às 08h34.
As negociações pelo Campo de Albacora, localizado em águas profundas da Bacia de Campos, encerraram sem um acordo entre Petrobras (PETR4) e PetroRio (PRIO3).
As negociações se arrastavam, pelo menos, desde o ano passado, quando a PetroRio ganhou o direito de exclusividade dos termos finais do acordo de compra e venda, que também se estendia ao Campo Albacora Leste.
A aquisição do Albacora Leste foi fechada em abril deste ano por US$ 1,95 bilhão e segue em avaliação na ANP. Mas a diferença entre o valor pedido por Albacora e o ofertado pela PetroRio inviabilizaram o negócio.
"Uma transação com os valores acima dos já oferecidos não incorporaria nem o retorno nem o perfil de risco adequados para o projeto", afirmou a PetroRio.
A Petrobras informou que o Campo de Albacora permanecerá integralmente no portfólio da companhia e dará continuidade a seu processo de revitalização. O projeto, segundo a Petrobras, prevê a contratação de uma nova plataforma FPSO (sistema flutuante que produz,
armazena e transfere petróleo) para a substituição das unidades P-25 e P-31, que operam o campo atualmente.
A expectativa do mercado era de que os ativos dessem um grande impulso ao crescimento da PetroRio. Sozinho o Campo de Albacora Leste tem produção de 30.000 barris por dia. A companhia encerrou 2021 com produção média de 31.616 barris por dia.