Petrobras mantém o seu plano de desinvestimentos e de priorização de ativos no pré-sal | Foto: Sergio Moraes/Reuters (Sergio Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 20h32.
Última atualização em 16 de dezembro de 2021 às 20h36.
A decisão da Petrobras (PETR3, PETR4) de colocar a venda a totalidade de sua fatia de cerca de 36% no capital da Braskem (BRKM5) pode resultar em um acréscimo de 31% nos dividendos projetados para a estatal em 2022, apontaram os analistas Bruno Amorim e João Frizo, do Goldman Sachs, em relatório distribuído nesta quinta-feira, dia 16. Esse cenário considera a venda de fato da participação da estatal na petroquímica.
Segundo fato relevante divulgado nesta quinta antes da abertura do mercado, a Petrobras e a Novonor (ex-Odebrecht) concordaram em realizar uma oferta subsequente (follow-on) para colocar à venda suas respectivas participações, com posterior migração da Braskem para o Novo Mercado da B3.
Essa fatia de 36% nas mãos da petrolífera equivale a preços desta quinta a 15,4 bilhões de reais, segundo cálculos dos analistas. Eles têm recomendação de compra para o papel da Petrobras, apontando que esse pagamento de dividendos em 2022 mitiga os riscos relacionados ao ambiente político e a eventuais alterações nas regras de definição dos preços de combustíveis.
A estatal pagou 63,4 bilhões de reais em dividendos neste ano e prevê o desembolso de um montante entre 60 bilhões e 70 bilhões de dólares no período entre 2022 e 2026.
As ações preferenciais da Petrobras (PTR4) fecharam em alta de 1,33% nesta quinta, e as ordinárias (PETR3), de 2,07%. Os papéis da Braskem, por sua vez, recuaram 0,59%.
O preço-alvo do Goldman para as duas ações em 12 meses é de 37,40 e 39,70 reais, respectivamente, com upside de 26% e 25,8%.