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Petrobras compensa cenário mundial e Bovespa fecha estável

Após perdas intensas, a Bovespa fechou estável, com a alta da Petrobras compensando pressão do cenário internacional


	Petrobras: ações preferenciais da Petrobras chegaram a cair 3,83% na mínima do dia
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Petrobras: ações preferenciais da Petrobras chegaram a cair 3,83% na mínima do dia (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 16h55.

São Paulo- Depois de perdas intensas pela manhã e uma tarde volátil, a bolsa paulista fechou estável nesta terça-feira, com a alta das ações da Petrobras compensando a pressão exercida pelo cenário internacional.

O Ibovespa teve variação positiva de 0,03 por cento, a 48.591 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,7 bilhões de reais.

O dia negativo dos principais mercados acionários mundiais acabou arrastando a bolsa brasileira para baixo durante boa parte do pregão, com o Ibovespa chegando a cair 2,5 por cento no pior momento do dia.

As bolsas europeias recuaram com incertezas sobre a Grécia.

Já o mercado acionário norte-americano sofria com resultados corporativos fracos e a queda nas encomendas de bens duráveis em dezembro, em sinal potencial de que a desaceleração global e a queda dos preços do petróleo podem estar afetando a maior economia do mundo.

Na China, os lucros das indústrias recuaram 8 por cento em dezembro, pior performance em ao menos um ano, completando o quadro desfavorável no exterior e para as commodities.

Do lado doméstico, o mercado permaneceu sensível a temores sobre um eventual racionamento de energia.

As ações preferenciais da Petrobras chegaram a cair 3,83 por cento na mínima nesta terça-feira, mas especulações sobre o resultado do terceiro trimestre, que deve ser divulgado ainda nesta terça-feira, levaram à sua súbita disparada durante a tarde, com alta de 4,64 por cento no melhor momento do dia.

Os papéis fecharam em alta de 2,62 por cento, puxando para cima a bolsa como um todo.

"O balanço está deixando o papel volátil e, como ela (Petrobras) tem um peso enorme, acaba ajudando a bolsa", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora. Analistas estão cautelosos e incertos sobre os números da estatal, uma vez que a Petrobras pode reconhecer uma significativa baixa contábil, em meio ao impacto da operação Lava Jato da Polícia Federal.

As ações da Cia Hering foram destaque de queda, com recuo 6,66 por cento, após a varejista de moda divulgar queda de 3,8 por cento nas vendas no quarto trimestre em lojas abertas há mais de 12 meses e aumento modesto de 0,5 por cento na receita bruta. A construtora e incorporadora PDG Realty também recuou com força pelo segundo dia consecutivo, com operadores citando perspectivas pouco animadores para os seus resultados do quarto trimestre.

A operadora Oi foi outro expoente de baixa, após expressivos ganhos na semana passada. Na ponta positiva apareceram as ações da JBS e da Sabesp, além da Petrobras.

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