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Petrobras: “Como empresa grande, temos de ousar”, diz Prates sobre plano de energia eólica offshore

Estatal anunciou parceria para fabricar o maior gerador eólico do Brasil, que pode viabilizar a expansão para os mares

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (Maria Magdalena Arrellaga/Bloomberg via/Getty Images)

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (Maria Magdalena Arrellaga/Bloomberg via/Getty Images)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 13 de setembro de 2023 às 19h10.

Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 12h03.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu hoje os planos da estatal de investir em geração de energia eólica marítima (offshore). A companhia estima que as regiões em estudo tenham uma capacidade para gerar até 37,5 gigawatts. 

“Quando o pré-sal foi descoberto, todo mundo dizia que era inviável. Como empresa grande e visionária, nós temos de ousar. Vencemos a barreira do offshore na Bacia de Campos, no caso do pré-sal e agora vamos vencer na energia eólica”, afirmou Prates em coletiva com jornalistas nesta quarta-feira, 13.

A estatal anunciou hoje planos ambiciosos para o mercado de energia eólica, de olho na transição energética. Pela manhã, a petroleira divulgou uma parceria com a WEG para desenvolver o mais potente aerogerador terrestre fabricado no Brasil. A Petrobras irá investir R$ 130 milhões no projeto, que terá potência de 7 megawatts (MW).

O gerador será produzido em série a partir de 2025 e poderá ser utilizado em terra (onshore, em inglês). Os planos da Petrobras, no entanto, envolvem a expansão para geração offshore, em alto-mar – segmento que ainda enfrenta desafios entre as concorrentes internacionais. A estatal iniciou um pedido junto ao Ibama para o processo de licenciamento ambiental de dez áreas marítimas destinadas ao desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore.

Sete áreas estão na Região Nordeste, três no Rio Grande do Norte, três no Ceará e uma no Maranhão. Uma no Sul do país, no Rio Grande do Sul, e outras duas no Sudeste, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. O projeto no Rio de Janeiro, a propósito, é o único que não seria fixo, mas sim “flutuante”, a 40 quilômetros da costa. A expectativa da Petrobras é que as áreas combinadas tenham uma capacidade de geração eólica de até 23 gigawatts. Os outros 14,5 gigawatts viriam dos sete projetos de geração de energia eólica offshore em estudo com a Equinor, anunciados em março deste ano. 

O objetivo é usar a expertise da Petrobras em plataformas de petróleo offshore para implementar a frente de transição energética. A companhia reforçou que só vai embarcar em projetos considerados rentáveis. Nos dois casos os projetos ainda estão em estudo. E mesmo após a fase de avaliação, ainda precisam de autorização do governo para sair do papel.

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