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Petrobras avalia emitir R$ 3 bilhões em meio a boom de debêntures incentivadas

Em 2019, empresa fez uma oferta no mesmo volume; com demanda recorde, taxas têm saído bastante vantajosas para emissores

Petrobras: empresa considera potencial emissão de R$ 3 bi em debêntures (Petrobras/Divulgação)

Petrobras: empresa considera potencial emissão de R$ 3 bi em debêntures (Petrobras/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 27 de maio de 2025 às 11h42.

Última atualização em 27 de maio de 2025 às 11h55.

A Petrobras (PETR4) informou, na noite desta segunda-feira, 26, que está considerando uma potencial emissão de debêntures incentivadas no montante de até R$ 3 bilhões. Segundo o fato relevante, a emissão ainda está em discussão e está sujeita às aprovações internas competentes.

Há seis anos, em 2019, a petroleira fez uma oferta no mesmo volume com títulos com vencimento em 2029.

Veja a data da segunda parcela do pagamento de dividendos da Petrobras

As debêntures incentivadas, que são isentas de pagar Imposto de Renda (IR), vivem um boom nos últimos meses.

Dados da Anbima apontam que as emissões de debêntures incentivadas somaram R$ 55,2 bilhões no primeiro entre janeiro e abril de 2025, um crescimento de 64% na comparação com o mesmo intervalo no ano anterior.

O volume é o maior já registrado para esse período na série histórica da Anbima, iniciada em 2012.

As empresas, especialmente emissoras triple-A, têm conseguido taxas bastante vantajosas com as emissões. A Vale, por exemplo, lançou uma emissão de R$ 6 bilhões em debêntures na semana passada, em três séries, com desconto em relação ao rendimento do Tesouro IPCA+ que chega a 0,50%.

O retorno acima dos títulos soberanos, nesse caso, é garantido pela isenção fiscal, já que os rendimentos sobre títulos de dívida pública são tributados.

Ainda de acordo com a Anbima, no mercado secundário, as negociações dos papéis com benefício fiscal atingiram R$ 25,3 bilhões em abril, levando o acumulado do ano a R$ 103,4 bilhões, montante 33,5% superior ao contabilizado no mesmo período do ano passado.

Se observadas todas as emissões, as empresas captaram o valor recorde de R$ 202 bilhões no mercado de capitais no primeiro quadrimestre.

Esse valor, por sua vez, foi puxado pelo desempenho das debêntures (com e sem benefício fiscal), que também alcançaram o maior volume já registrado para os quatro primeiros meses do ano: R$ 126,4 bilhões, com alta de 13,7% ante igual período em 2024.

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