São Paulo – Após experimentar o terreno das perdas no início dos negócios, o Ibovespa opera do terreno da valorização nesta segunda-feira (27). O principal índice da bolsa registrava alta de 0,6% em sua máxima, aos 61.420 pontos.

Por aqui, o mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação em 2011 e 2012, segundo o boletim Focus. De acordo com a pesquisa, a expectativa para a inflação oficial neste ano recuou de 6,18% para 6,16%, em um patamar ainda distante do centro da meta de inflação, que é de 4,50%. A meta tem margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. A projeção para a inflação em 2012 caiu de 5,18% para 5,15%.

No caso da inflação de curto prazo, o mercado manteve em 0,05% a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho de 2011. Para a inflação de julho, a taxa prevista passou de 0,15% para 0,16%.

Lá fora, o Parlamento da Grécia avalia nesta semana, com maioria apertada para o governo, as medidas fiscais exigidas pelos credores internacionais para manter a ajuda financeira a Atenas.

Nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco Moody's calculou que os bancos gregos já perderam cerca de 8% dos depósitos privados em 2011. Se esse número chegar a 35 por cento, as instituições podem enfrentar "severos" problemas de falta de liquidez, alertou a Moody's.

/libc/player/liquid3.swf

Brazil Pharma

As ações da Brazil Pharma (BPHA3), unidade farmacêutica do Banco BTG Pactual que controla quatro redes, estrearam com queda no pregão desta segunda-feira (27) na BM&FBovespa.

Os papéis, negociados sob o código BPHA3, abriram em queda de 0,86%, negociados a 17,10 reais. O valor é inferior frente ao preço de 17,25 reais fixado pelos coordenadores da oferta para cada ação. Na mínima do dia, a ação chegou a 17,00 reais, uma baixa de 1,47%.

Com a operação, a companhia captou 465,750 milhões de reais durante o IPO.

JBS

As ações do JBS (JBSS3) entregam ganhos neste primeiro pregão da semana, atingindo a máxima de 1,1%, vendidas a 5,14 reais. No ano, os papéis registram perdas de 28%.

O frigorífico aprovou hoje o plano para recomprar até 37,5 milhões de ações ordinárias até 9 de junho de 2012, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com a companhia, os papéis adquiridos serão repassados para manutenção em tesouraria para posterior cancelamento ou alienação, sem redução do capital social.

Segundo a empresa, “o objetivo da operação é maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital”.

Petrobras

Com desempenho negativo em 2011 (-13%), as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) também reduzem suas perdas no período. Os ativos da estatal de petróleo subiam 1,2% na máxima do pregão, valendo 23,16 reais.

A Petrobras tem meta de captar 47 bilhões de dólares até 2014, disse hoje o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa. Segundo ele, que falou a jornalistas em São Paulo, US$ 29 bilhões desse total serão usados para refinanciamento da dívida.

A Petrobras também está olhando para o mercado de empréstimos e para financiamentos de bancos de desenvolvimento, disse Barbassa. As informações são da Bloomberg.

Vale

O pregão é de desvalorização às ações da Vale (VALE3 e VALE5). Os papéis preferenciais classe A da mineradora caíam 0,7%, vendidos a 43,75 reais. Em 2011, a queda é de 7,7%.

A Vale reduziu a projeção de produção anual de minério de ferro em 2015 de 522 milhões de toneladas para 469 milhões de toneladas, segundo comunicado enviado à Bloomberg News.