Jerome Powell, presidente do Fed: divulgação da ata Fed esta marcada para as 15h (Chip Somodevilla/Getty Images)
Redatora
Publicado em 20 de agosto de 2025 às 08h08.
Nesta quarta-feira, 20, os mercados internacionais estão de olho nos Estados Unidos.
A agenda do dia tem como destaque a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), às 15h, além dos discursos de Christopher Waller, cotado para suceder Jerome Powell no comando da instituição, e Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, conhecido por seu tom mais duro contra a inflação.
À noite, será a abertura do tradicional simpósio de Jackson Hole, que reúne autoridades monetárias globais.
No cenário geopolítico, seguem as incertezas em torno da localização do possível encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky para negociações de paz.
No Brasil, a Genial/Quaest divulgou nova pesquisa que mostrou leve melhora na avaliação do governo Lula. A aprovação subiu para 46% em agosto, frente a 43% em julho, enquanto a desaprovação recuou de 53% para 51%. A variação está dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
Na agenda do dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa às 14h do 1º Seminário de Governança, Riscos, Controle e Integridade, organizado pela pasta e transmitido pelo YouTube.
Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fala na conferência anual do Santander, às 18h.
O calendário traz ainda o julgamento pelo Cade da fusão entre BRF e Marfrig.
Na noite de terça-feira, 19, o Banco Popular da China (PBoC) decidiu manter inalteradas as taxas de juros de referência, em linha com as expectativas do mercado.
Já na Europa, foram os dados de inflação divulgados nesta manhã que movimentam os mercados. No Reino Unido, a inflação anual (CPI) subiu para 3,8% em julho, acima dos 3,6% de junho, impulsionada principalmente por fortes aumentos nos preços de passagens aéreas, alimentos e transporte.
Na Alemanha, a inflação caiu para 1,8% em julho, abaixo das previsões de 1,9–2,0%, com queda nos preços de energia, moderação nos serviços e alta em alimentos de apenas 2,2%.
Já na zona do euro como um todo, a inflação se manteve estável em 2,0% no acumulado de 12 meses até julho, mesma taxa de junho.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em queda. O japonês Nikkei 225 recuou 1,51% e o Topix caiu 0,57%, enquanto Taiwan liderou as perdas com baixa de 2,99%. Na Coreia do Sul, o Kospi cedeu 0,68% e o Kosdaq caiu 1,31%. Na contramão, a China avançou, com o CSI 300 em alta de 1,14%.
Na Europa, os índices operavam mistos por volta das 8h. O Stoxx 600 avançava 0,13%, o CAC 40 subia 0,07% em Paris e o FTSE 100 ganhava 0,20% em Londres. Já o DAX, em Frankfurt, recuava 0,37%.
Nos Estados Unidos, os futuros também indicavam leve baixa. O Nasdaq 100 caía 0,23%, o S&P 500 recuava 0,13% e o Dow Jones tinha queda de 0,12%.